Coleção Red Room Naio Rezende 2016 #987654

Em uma entrevista exclusiva com Naio Rezende, diretor de cinema, fotografo de moda, produtor musical, integrante do Listen The Kids e CEO da Red Room, é com todo prazer que a V!$H apresenta nova coleção da Red Room 2016, feito por ele Naio Rezende. Essa é a segunda coleção da Red Room, a primeira foi feita em 2014, eram apenas camisetas, todo o corte, estampa, modelos e tecidos desenvolvido por Naio Rezende, a proposta dessa nova coleção é algo mais conceitual.

Disse ele em sua entrevista para V!$H

"- Essa coleção fiz as peças como queria, fiz poucas peças, mas já vieram conceituais. É assim que irei seguir daqui pra frente relacionado as roupas da Red Room, tudo conceitual."

Quais são os seus ícones de estilos atualmente?

"- Muitas pessoas me inspiram, estilistas, músicos, personalidades mas não é exatamente alguém que me inspira, saca? Eu vejo por um todo! Vejo na cena, na rua, mas principalmente nas marcas de alta costura. Não procuro inspirações apenas em roupas, por exemplo a marca Mercedes Benz é a marca de carro que tenho enorme admiração, isso já é uma fonte de inspiração, já imagino uma roupa que estará dentro da Mercedes (risos).

A fonte de inspiração não vem exatamente de uma pessoa vem de tudo, entende? -"

Você espera que as roupas ou á marca passe alguma mensagem pras pessoas?

"- As roupas da Red são totalmente atemporais e conceituais, não é algo que precisa estar na onda para usar. A roupa serve como elemento fundamental na postura e atitude das pessoas. E é exatamente isso que vejo, quando alguém está usando uma peça da Red Room, ou alguma peça/marca de referência, ela se identifica com aquela ideologia. Não só as roupas da Red Room, como tudo que envolve a marca segue na linha conceitual.-"

Qual sua visão para o StreetWear no Brasil?

"- Falta bom gosto (risadas) StreerWear não é só camiseta e estampas de gola até embaixo, é muito mais além, acho que falta um pouco de estudo da moda em si. Poucas as marcas streetwear que eu gosto realmente. A High do Diogo Roccon trabalha bastante com o minimalismo, e não é só por isso que gosto da marca, mas por todo Lifestyle que a envolve. O material continuo é importantíssimo para que as pessoas se identifiquem, sabe? Se você não vive o que prega, você não passa de um fanfarrão. Também tem a Cemfreio do Apolinário, outra marca que gosto muito. Roupas sem gênero, roupas que homens e mulheres possam usar, sem descrição de gênero, sem um corte óbvio na roupa, elegância, isso tudo conta. "

Qual á sua visão pro StreetWear brasileira pros próximos anos?

"- Se cada um fizer sua parte com bom gosto e estudo, várias marcas estarão de um nível internacional, não só com tecido, corte... mas nome mesmo, imagem, lifestyle, material... É uma coisa que não penso nos outros, nem o que vão achar, eu simplesmente faço."

De onde surgiu á ideia de formular uma marca para Red Room?

"- Surgiu naturalmente, pela vivência, por estar vivendo algo que necessita dessa vertente, e nada mais justo do que criar as próprias roupas, trabalho com criação, desde a imagem, música até a roupa. E a roupa nada mais é do que o reflexo da sua mente, das suas referências. Eu trabalho muito com "Make Yourself" com tudo, e com as roupas é igual! Gosto de fazer as roupas que visto por usar exatamente o que penso. -"

Por que o nome Red Room?

"- Você conhece a red room? (risos)"

Red Room é o maior evento de Trap music do Brasil, surgiu em 2014 e hoje está na nona edição, é um coletivo de dj's, produtores musicais, artistas e diretores de cinema todos voltado ao Trap Music.

"- O QG da Red Room fica em São Paulo, é um laboratório de ideias que trabalha arte, moda e música. Entre as vertentes da Red Room tem as roupas e todo lifestyle que passamos com o projeto é refletido nas roupas, tudo está ligado. Foi aquilo que te falei, muitas pessoas não vivem o que falam.-"