#Entrevista: Conheça o produtor 808 Luke e ouça faixas inéditas na 6° edição da VI$H SESSION


Se você ainda não conhece a VI$H SESSION, iremos te explicar melhor! Se trata de um mix feito em temporadas pela VI$H, apresentando trampos de artistas ou coletivos independentes pelo brasil. Um conteúdo especial, solto pelo soundcloud que te apresentará o melhor de diversos produtores/rappers espalhados pelo Brasil. Através de sets com suas melhores produções e musicas favoritas de modo especial para o seu ouvido.

Nesta edição temos 808 Luke, que chega apresenta diversas produções suas, e algo que vale ser ressaltado nesta edição, tem varias faixas exclusivas ainda não lançadas neste set, então você pode conferir em primeira mão na VI$H Session algumas faixas inéditas.


Tracklist:
00:00 - 808 Luke - Inércia/Tempestade
01:51 - 808 Luke - Olhos Falam (part. Bear, NK & GÁBE)
03:15 - 808 Luke - TDAH
04:18 - Segundo Elemento - 3D (part. Damafia) (prod. Rockefeller)
05:40 - Conteúdo Explícito - Plano de Carreira (prod. Escambo)
09:05 - l v k s & 808 Luke - VISION
11:11 - Flavio Labanca & 808 Luke - Estações
12:30 - UMRUMO - Oh Game (prod. Mo')
13:27 - GÁBE, Matheus Coringa, Dudz & Estranho - Sem Título (prod. 808 Luke)
14:30 - I.n.V 165 - Neblina (prod. 808 Luke)
16:11 - Five Points HC - Promessas

Escute:


808 Luke é um produtor/beatmaker de 22 anos de idade, vindo diretamente de Rio Grande - RS, o cara é bolado no que faz, jogado dentro do trap, carrega sua vida dentro da música, e isso é um diferencial do cara, ao meio de toda essa cena.

Luke vem despontando na cena, coleciona produções ao lado de nomes vindo da sua região, como outros espalhados pelo brasil, rappers tais como Baco Exu do Blues, l.n.V 165, Gábe, Flavio Labanca, Escambo, Klyn, Locaut e outros.



808 Luke é um nome a ser guardado, talento não sobra, e seguindo essa ideia você conhece um pouco mais sobre o produtor agora, em uma entrevista especial para a VI$H, confira abaixo:

VI$H: Se você pudesse definir o 808 Luke em uma frase, qual seria? 

Luke: "Always on the fuckin job, I got no hobbies."

VI$H: Quais são as suas principais influências dentro do rap? 

Luke: Kanye West, Racionais, Sounwave, RONNYJ, Travis  Scott, Lex Luger, Flying Lotus, Kendrick Lamar e ultimamente ando ouvindo muito o pessoal da Recayd, Ceia e Pirâmide Perdida.

VI$H: Como você embarcou dentro do mundo do rap?

 Luke: Sempre estudei rap pra caralho, pra entender referência, contexto e etc, desde menor mesmo, quando descobri a internet, e por ser muito envolvido com música, sempre tive vontade de fazer também, mas nunca me despertou vontade de escrever, daí quando descobri como eram feitos os instrumentais eu me interessei demais, então, por ja estar inserido na música por ter banda e tocar instrumentos eu resolvi aprender a fazer beats.

VI$H: Qual programa vc usa hoje em suas produções, e em qual começou?

Luke: Comecei em alguma edição antiga do FL e hoje ainda uso ele, na versão 12.

VI$H: Como você enxerga a cena nacional e a cena dentro da sua cidade ?

Luke: Nacionalmente, o rap vive um crescimento exponencial imenso, praticamente já inserido no mainstream, é legal pra caralho ver quanta gente tá conseguindo viver bem disso e como a produção no geral evoluiu tanto em tão pouco tempo... por outro lado, o rap tem um público fanático, e isso, além dos benefícios, traz uma parada bem ruim que é fã emocionado abraçando treta pessoal de gente que nem conhece pessoalmente e perdendo mais energia pra criticar o que não gosta do que pra fortalecer o que gosta, o que acaba fomentando treta e nos impedindo de chegar mais longe ainda, já que potencial tem de sobra na cena.

Já na minha cidade a cena tá engatinhando, é triste mano... tem muito artista bom mas MUITO POUCO artista profissional, parece que muita gente tá empurrando, só pra dizer que faz rap mesmo, sem volume de trabalho nenhum. Entendo que muita gente tem outros corres e prioridades, mas se tivessem disposição pra trampar equivalente a disposição que tem pra soltar textão no facebook reclamando de falta de valorização e indiretando outros artistas, com certeza a gente tava menos atrasado, e digo menos pq o rap dentro do eixo sempre vai estar um pouco a frente, tendo mais qualidade ou não. Acho que a falta de valorização local é reflexo da própria cena... parece que o pessoal se contenta em abrir show de artista de fora e tocar de graça pro resto da vida, pouca gente leva o corre a sério, pouca gente estuda e investe, consequentemente prejudicam a cena inteira, que faz com quem tá de fora achar que o corre do próximo também é brincadeira, que o investimento todo é pra SÓ se divertir. Fora que a cena local carece um pouco de produtores e filmmakers enquanto sobra MC/grupo bom.

VI$H: Algum trampo por vir que pode nos falar um pouco sobre? 

Luke: Entre junho e julho solto um álbum, chamado Placebo, num formato um pouco diferente do que o público tá acostumado, alternando entre faixas com MCs convidados e faixas instrumentais. Além disso, um EP chamado CAVIAR em parceria com o Lucas Dcan, singles colaborativos com Flavio Labanca, I.n.V 165 e vários trampos em parceria com o Escambo.

VI$H: Agradecemos a sua participação, gostaria de deixar alguma mensagem para nossos leitores?

Luke: Eu que agradeço, satisfação colaborar com o conteúdo da V!$H, admiro pra caralho!
Então, aos MCs: comprem meus beats  hahahah (se tiver sem grana, tenho vários beats FREE no canal também) e entendam que tamo em 2017, rap já tá além da letra e escrita, apesar disso ser importante pra caralho, estudem e valorizem o resto também.
Aos produtores: parem de usar loop baixado da internet com um bumbo e caixa em cima, tá feio.

Ao público consumidor de música: parem de gastar energia falando mal do que vocês não gostam, gastem essa energia divulgando artistas que vocês admiram e valorizem os artistas locais, nacionais e artistas no geral mesmo... do mano que faz o design da capa ao MC, sem exceção. A cena só tende a crescer a partir do momento que todo mundo entender que é muito mais que só gravar uns versos e soltar na internet.