Veja 'Tipo Gunna', o novo audiovisual do Nasser

O single é uma realização da produtora 220high com a Primeirarte Records. O material possui direção musical, mixagem e masterização nas mãos de Pig. Assista abaixo: 


A VI$H trocou uma ideia exclusiva com o artista sobre novo clipe, saca só:


VI$H: Como foi o processo criativo do single "Tipo Gunna"?

Aquele ritual de sempre, degustando uma crema e vagando por uns beats no YT. Dei de cara com esse beat, curti a vibe animada e a melodia fluiu.

VI$H: E a gravação do clipe?

A gravação foi feita no Outlet da cidade vizinha (Novo Hamburgo). A ideia era gravar no fliperama porem por conta da pandemia ele já tinha fechado, então decidimos aproveitar o céu daquele dia lindo e gravar no estacionamento mesmo, onde tudo simplesmente encaixou. O céu, os toldos das lojas, com a jaqueta azulzada crip, dando contraste ao laranja das paredes do outlet e fazendo referencia a fanta.

VI$H: Nos fale quais as referencias do trap além do Gunna você carrega dentro da faixa. 

Particularmente gosto bastante do estilo da nova geração da gringa (lil mosey, lil tecca). E tava procurando algo nesse sentido, uma parada animada, que soasse como um “bom dia”.


VI$H: Como você definiria ser o "jeito habib salam"?

Minha família toda é árabe e já passou por muitas coisas. Eu cresci dividido entre os costumes árabes e brasileiros ao mesmo tempo. A combinação mais inusitada q tu pode imaginar kkkk. Tenho muito orgulho da minha origem e pela cultura árabe. Sempre cito nas musicas porque é algo que é só meu, então  me sinto a vontade pra deixar registrado. Minha marca, meu jeito de ser, o jeito habib salam.

VI$H: Conte um pouco da caminhada do Nasser pela cena até aqui.

Desde sempre fui um moleque interessado pela musica,  o rap principalmente, sempre fez parte da minha vida e era oque eu me identificava. Com 15 anos montei um grupo com o Zeus e começamos a escrever as primeiras paradas e frequentar batalhas na minha cidade. Foi numa dessas batalhas que conhecemos o Pig e marcamos nossa primeira session no home studio dele. Eu e o Zeus optamos por romper o grupo mas continuamos sempre juntos nas session e fazendo projetos colaborativos. Eu Pig e Zeus começamos a investir no estúdio, e aos poucos fomos deixando mais confortável. Já passou por 3 reformas e sempre tamo inventando alguma coisa, nos mesmo montamos a cabine, pintamos as paredes e fizemos um chroma key. Já tive varias fases, varias musicas, vários projetos. Mas foi em 2019 que comecei ter afinidade pela musicalidade do trap, foi quando comecei a consumir mais e mais trap da gringa e foi a partir dai que comecei a buscar essa nova estética.

A musica serve como terapia pra mim, fazendo ou escutando, ela sempre ta presente. Meu sonho é passar essa terapia adiante, através das minhas melodias e ideias e me sinto no caminho certo, cada vez mais estudando, buscando ser melhor. eu amo essa parada e vivo isso com 200% de mim.

VI$H: Você pretende liberar algum  EP/mixtape ou álbum em andamento? Se sim, o que pode nos contar sobre?

Tenho algumas ideias em mente e o plano é lançar uma Mixtape até o fim do ano.

VI$H: Tendo seu nome inserido pela cena, como você enxerga a posição atual do trap no Brasil?

Acredito que tem muita gente ruim que é famosa e muita gente boa que não é vista. Mas boto fé que essa nova geração que vem em 2020 e 2021 tem grande potencial pra mudar tudo isso. Nos tamo aqui, vivendo isso, fazendo o nosso e vamos continuar lançando tanta bomba que vai ser chato.

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