Temos um artista com origens raras vindo diretamente de São Leopoldo (Rio Grande do Sul). Falamos do rapper Nasser, o artista de 19 anos é um dos nomes da produtora 220high. O cara embarca cercado de boas referências, jogado na vibe do plug, apresentado seu novo audiovisual intitulado "Tipo Gunna".
Temos um artista com origens raras vindo diretamente de São Leopoldo (Rio Grande do Sul). Falamos do rapper Nasser, o artista de 19 anos é um dos nomes da produtora 220high. O cara embarca cercado de boas referências, jogado na vibe do plug, apresentado seu novo audiovisual intitulado "Tipo Gunna".
O single é uma realização da produtora 220high com a Primeirarte Records. O material possui direção musical, mixagem e masterização nas mãos de Pig. Assista abaixo:
A VI$H trocou uma ideia exclusiva com o artista sobre novo clipe, saca só:
VI$H: Como foi o processo criativo do single "Tipo Gunna"?
Aquele ritual de sempre, degustando uma crema e vagando por uns beats no YT. Dei de cara com esse beat, curti a vibe animada e a melodia fluiu.
VI$H: E a gravação do clipe?
A gravação foi feita no Outlet da cidade vizinha (Novo Hamburgo). A ideia era gravar no fliperama porem por conta da pandemia ele já tinha fechado, então decidimos aproveitar o céu daquele dia lindo e gravar no estacionamento mesmo, onde tudo simplesmente encaixou. O céu, os toldos das lojas, com a jaqueta azulzada crip, dando contraste ao laranja das paredes do outlet e fazendo referencia a fanta.
VI$H: Nos fale quais as referencias do trap além do Gunna você carrega dentro da faixa.
Particularmente gosto bastante do estilo da nova geração da gringa (lil mosey, lil tecca). E tava procurando algo nesse sentido, uma parada animada, que soasse como um “bom dia”.
VI$H: Como você definiria ser o "jeito habib salam"?
Minha família toda é árabe e já passou por muitas coisas. Eu cresci dividido entre os costumes árabes e brasileiros ao mesmo tempo. A combinação mais inusitada q tu pode imaginar kkkk. Tenho muito orgulho da minha origem e pela cultura árabe. Sempre cito nas musicas porque é algo que é só meu, então me sinto a vontade pra deixar registrado. Minha marca, meu jeito de ser, o jeito habib salam.
VI$H: Conte um pouco da caminhada do Nasser pela cena até aqui.
Desde sempre fui um moleque interessado pela musica, o rap principalmente, sempre fez parte da minha vida e era oque eu me identificava. Com 15 anos montei um grupo com o Zeus e começamos a escrever as primeiras paradas e frequentar batalhas na minha cidade. Foi numa dessas batalhas que conhecemos o Pig e marcamos nossa primeira session no home studio dele. Eu e o Zeus optamos por romper o grupo mas continuamos sempre juntos nas session e fazendo projetos colaborativos. Eu Pig e Zeus começamos a investir no estúdio, e aos poucos fomos deixando mais confortável. Já passou por 3 reformas e sempre tamo inventando alguma coisa, nos mesmo montamos a cabine, pintamos as paredes e fizemos um chroma key. Já tive varias fases, varias musicas, vários projetos. Mas foi em 2019 que comecei ter afinidade pela musicalidade do trap, foi quando comecei a consumir mais e mais trap da gringa e foi a partir dai que comecei a buscar essa nova estética.
A musica serve como terapia pra mim, fazendo ou escutando, ela sempre ta presente. Meu sonho é passar essa terapia adiante, através das minhas melodias e ideias e me sinto no caminho certo, cada vez mais estudando, buscando ser melhor. eu amo essa parada e vivo isso com 200% de mim.
VI$H: Você pretende liberar algum EP/mixtape ou álbum em andamento? Se sim, o que pode nos contar sobre?
Tenho algumas ideias em mente e o plano é lançar uma Mixtape até o fim do ano.
VI$H: Tendo seu nome inserido pela cena, como você enxerga a posição atual do trap no Brasil?
Acredito que tem muita gente ruim que é famosa e muita gente boa que não é vista. Mas boto fé que essa nova geração que vem em 2020 e 2021 tem grande potencial pra mudar tudo isso. Nos tamo aqui, vivendo isso, fazendo o nosso e vamos continuar lançando tanta bomba que vai ser chato.
SIGA NASSER
Acompanhe a VI$H!