PTL Crew apresenta nova coleção e primeiro audiovisual com Maneco & Marmitos


A marca e coletivo PTL CREW chega com novidades na cena. Vindo diretamente do Guará-DF, recebemos uma nova coleção da marca, e o primeiro lançamento oficial do selo musical. Temos o rapper Maneco, e o grupo Marmitos guiando a estreia do canal de maneira com representatividade local, liberando o clipe intitulado "Style Open Bomba"

O single recebe produção musical por MJ & Afroragga. O clipe tem produção pela Tomada Criativa, contando com câmera e edição por Maicon Oliveira, fotografia de Gabriela Guimarães, edição de fotografia pelas mãos de Jaime, além de artwork realizada por Lucas Nunes



Trocamos uma ideia com a PTL e os artistas sobre o material apresentado. Confira abaixo: 

VI$H: Como foi o processo criativo do single? 
MJ : A produção desse beat foi louca, porque eu acordei com um vizinho escutando um funk, que tinha um teclado chiclete alucinando a rua. Eu passei o dia todo com esse Synth em um dos lados da cabeça e no outro lado tinha Pick Up do Famous Dex que havia escutado bastante naqueles dias. Por não aguentar mais essa salada, resolvi desenhar essa bagunça no Fruit Loops, e com uns traços do mestre Afroragga para dinamizar, temos isso como resultado.
Espero que gostem.

Chocola: Essa música é uma mistura de vários sentimentos.
Eu estava voltando de uma temporada de cinco meses trabalhando como professor em Alto Paraíso GO, em uma realidade mais conectada com a natureza e tal.
Depois falo que estou de volta na revolta do Olodum em referência à um grupo de música da Bahia e existe uma música chamada revolta, que aborda a temática do retirante ruralista e suas dificuldades na cidade, falo muito sobre nossa história preta e abordo o lamento da violência policial que destrói  a vida de crianças e suas famílias. Meu som tenta trazer representatividade e estima para nosso povo tão oprimido e mostrar que não somos pobres coitados pelo contrário somos valiosíssimos.

MNC:  Tinha um tempo que havia escrito no meu bloco de notas “Flow Style Open Bomba” dai resolvi brincar com isso. O Afroragga fala que curte como a nossa colaboração transforma musica urbana, originalmente gringa, em algo bem brasileiro, concordo com ele.

VI$H: E como foi a produção do clipe? 
Chocola: Nossa, o clipe me surpreendeu pois inicialmente nem teríamos um clipe, seria apenas uma sessão de fotos, daí quando cheguei e vi uma pá de gente envolvido foi muito  interessante, nosso clipe ganhou mais vida com a participação de uma galera linda.
Fiquei muito orgulhoso de poder contribuir de alguma forma com uma colab tão foda.

MJ O clipe foi do jeito que imaginávamos: simples e divertido. O Tomada Criativa bem fluído nas gravações e bem a vontade para filmar, isso trouxe dinâmica para o clipe. Enquadro certo? É com eles. Falando pelo MarMitos e um pouco sobre os elementos, nunca houve esse vírus, vindo das influências do trap americano e que já é febre na cultura musical do gênero rap, a inclusão de carros de luxo, mulheres de fio dental e um maço de cash. Alcançar isso talvez seja uma meta, mas dizer que minha vida é sim e pagar por isso, nunca fez parte da estratégia. “Ah mais isso chama atenção, provoca reações e é atrativo”. Que tipo de vida que tu ta querendo transparecer para as pessoas? No dia a dia anda de baú e no clipe quer colocar um Renegade? E o mesmo vale para os artistas cheio de grana, que querem posar num barraco de madeira e com esgoto a céu aberto para dizer que é da favela. Honestamente não vejo lógica. Se é preciso fazer isso para ser um grande grupo de rap na atualidade, vou classificar minha música como hobby e viver bem com isso.

MNC: Tomada Criativa é o nome deles, galera simples e séria, agilidade incrível mano, fiquei impressionado, real! Muita gente tem a impressão que artistas assim como os empreendedores do underground, fazem seus trampos de qualquer forma, o que não é verdade. A gente lida com sonhos e sensações, tanto pra gente quando pra quem nos escuta, sempre queremos entregar o nosso melhor pro nosso publico. Trombar com os manos da Pretolandia  e a Tomada Criativa foi foda, porque a energia combinou bastante.

VI$H: Conta um pouco como surgiu essa colaboração entre Maneco & Marmitos? 
Chocola: Eu particularmente escutei o Maneco pela primeira vez em um som no qual o Wan faz uma parte, então de certa forma o Wandin nosso amigo em comum foi essa ponte. Quando escutei a parte do Maneco na música vão se as mentes e ficam os refrões, me identifiquei e falei mano esse moleque   bota o coração na caneta e escreve com incrível sensibilidade, tipo de coisa q vai além do rap saca.E foi isso ! Aí tivemos uma parceria em funk produzido pelo MJ q ficou foda e essa já é a segunda parceria de muitas q virão.

MNC: Já sou fã dos MarMitos a muito tempo, tanto que não é a primeira vez q fazemos som juntos.
Pra falar a real eu nem lembro como a gente se conheceu, mas eu lembro q desde quando vi pela primeira vez o som deles na net e descobri que eram do DF, ja me sentia amigo dos caras, senti uma confecção forte com a forma que eles fazem musica, batia muito com a minha.
Então depois a gente se conheceu e fez o primeiro som ( sarará na minha zarea), já ficou no inconsciente que faríamos mais sons sempre q possível.
Já cogitamos ate um álbum juntos, vamo ver, ne?

VI$H: Qual a primeira impressão dos artistas presentes na faixa ao escutar a produção realizada por MJ & Afroragga? 
Chocola: Quando ouvi o instrumental pela primeira vez eu já pensei em entrar de flow rápido e texto ácido. Me amarrei no som nada convencional com a a autenticidade do MJ e claro dentro do estúdio além da gravina, mix e master Afroragga trouxe seus toques orbitais não identificados somando e enriquecendo a música com mais timbres e batidas. Ficou foda !

MNC: MIKE, TRÁS O BEAT PRA MIIIM!
O Afrorraga é o cara, meu mestre, ele sempre põe o tempero certo nas produções.
Pensei comigo Nor, vamo arregaçar!

VI$H: Qual a sensação de ter fechado com a PTL CREW para esse projeto? 
Chocola: Poxa achei algo muito interessante, pela primeira vez na história do MarMitos eu me senti conectado de fato com a cultura hip hop da cidade.
É lógico que já fizemos vários shows, participamos de festivais, mas a sensação de misturar música, áudio visual e  moda com uma galera que nem conhecíamos mas que agora já sou fã. Desenvolver um  trampo de uma forma totalmente colaborativa foi incrível.
Que venham mais parcerias e que possa se ampliar essas interações artísticas no DF.

MJ: A PTL Crew foi a peça do quebra cabeça que faltava nesse bang.
Confesso que antes da colab não conhecia, e isso me fez refletir sobre a quantidade de negócios, voltados para a valorização da cultura negra, ainda não foram alavancadas comercialmente da forma como eles merecem, e claro estamos falando de acesso a crédito e ferramentas para se autopromover. Estou feliz com essa colaboração, acredito que a primeira de várias, essa galera é muito boa no que faz, as artes e as camisas são sensacionais.
Investidores, cadê vocês? Temos uma ótima oportunidade aqui.

MNC:  Pô, encontrei com o Marlon da PTL no rolê e pensei: Temos o som perfeito pra sua marca.
E tudo fluiu como água. Está sendo muito gostoso trampar com a PTL porque os caras vieram do mesmo lugar que nós e tem a mesma ganância de fazer o role virar, então eles fazem tudo bem feito e com muito carinho, dai fica leve trampar junto.
Pessoalmente eu fico muito feliz um poder colaborar com uma marca chamada PRETOLANDIA, e em ser considerado por essa cultura relevante, principalmente no cenário politico e social atual, fico muito satisfeito em poder me posicionar a favor e apoiar a cultura preta.



VI$H: O bomba do guará é o melhor do DF?
Chocola: Engraçado lembro quando criança do fenômeno bomba do guará
Eu era morador do Riacho Fundo 1 e saía de lá para comer no guará.
Guará é clássico mas cultura da bomba se espalhou pelo DF.
Torço para que aconteça o mesmo com nossa música.

MNC: O dog no molho, com certeza!
(dog do ratinho me patrocina)

VI$H: Como seria esse lifestyle do "Style Open Bomba"? 
Chocola: Simplesmente ser autêntico original.
A bomba é uma forma de autodefesa contra esse mundo opressor.
Nosso rap nossa poesia nosso estilo muitas vezes é interpretado como algo agressivo, orgulho do nosso estilo bombástico cheio de atitude.

MJ : Já voltou do rolê na madruga com alguns drinks no sangue, laricado que comeria a barraca de lanche todinha da tia? Pois é, open bomba. “ Tia, desce o trio, a batata pode vir antes”. Naquele momento ninguém quer comida, teve janta antes de sair e o corpo precisa de lanche da rua e da noite, porque a neblina colabora levando sabor para chapa, tá ligado? Não se pode perder o restante do dia por não ter comido nada na volta para casa, vai ser brabo como os anteriores, tem trabalho para fazer, tem a casa para ajeitar, tem a meta para cumprir.
A explosão do style, nois larga nos racista!

MNC: É aquela né? “Abre a cerva e serve”, adquire uma camisa da PRETOLÂNDIA e me chama, o resto é história. Ohh saudades do Telebar”

VI$H: Essa vai em especial para a PTL. O que podemos esperar do selo musical após esse lançamento?
Marlon: A PTL nada mais é que uma marca de empoderamento a cultura negra e isso abre um leque de possibilidades, podemos passear pelo Jazz, Rap, Trap, Funk, Samba e por aí vai... Queremos resgatar o orgulho de uma cultura linda e muito bem enraizada no Brasil, queremos ver o preto com orgulho em usar algo que remete totalmente a suas raízes sem o medo de ser taxado de forma pejorativa. 
Música, Arte, Moda e muito orgulho de ser o que somos isso você encontra aqui na PTL CREW, somos preto, somos Hip Hop! 



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