Veja o novo passo solo do rapper Amad no clipe "Quarentena"


O ano que vivemos em 2020 ganhou uma composição forte retratada pelo rapper Amad. Recebemos o artista independente estrelando um novo clipe, demonstrando toda a versatilidade que possui, mesclando rimas em inglês e português, com um flow afiado na composição atemporal do lançamento batizado "Quarentena". 

O single integra parte do álbum Game Change, trazendo a música com instrumental, captação, mixagem e masterização nas mãos de OG Beatzz. O vídeo foi dirigido pelas lentes de João Cruz, sendo editado por @nineonehits e @drakoboy91. Assista ao clipe na integra abaixo: 


A VI$H teve o prazer de trocar uma ideia com o artista, te deixando por dentro de todas as visões por trás do clipe. Flagre o papo abaixo:

VI$H: Amad, quando você começou seu trabalho solo? 
Amad: Eu comecei a fazer rap em 2012, e em 2017, após fazer e refazer o plano musical diversas vezes foi quando começei a gravação de todos os sons solo que eu tinha feito em paralelo ao coletivo que fazia parte, o Linha Fina. No estúdio CasaBlancaRecords, foi onde dei início ao meu trabalho solo. Foi lá onde gravei meus primeiros 4 álbuns junto com o Pedro Buga. Ele foi quem me produziu simplesmente porque acreditava no meu trabalho. Fez um home estúdio no quarto dele e era gravação toda semana durante meses... Ele foi meu produtor, gravou e regravou um milhão de sons meus, mixou alguns trabalhos, fez beats extraordinários pra mim, foi meu Dj nos shows, me ajudou até com a interação com os fãs do nosso trabalho. Nunca me cobrou 1 centavo. Eu planejo criar um selo do CasaBlanca. Sempre faço questão de lembrar pois foi onde tudo começou e onde eu deixei o sentimento falar por mim. 

A passagem que eu tive no Casa foi essencial pra trazer ainda mais minha identidade e essência. Me ensinou muito sobre o trabalho musical em si. Dos 4 álbuns que eu gravei lá somente um saiu e nem chegou no final ainda. é o "Game Change", que conta com 9 faixas. Na gaveta ainda tem o "Invicto", "Drama" e o "E se não for viver de Rap então eu vou morrer de Rap".


VI$H: Você dropou o single "Quarentena". Qual a principal mensagem pretende passar para quem está curtindo o trabalho? ,
Amad: Esse trampo foi uma coisa muito doida. Eu fiz em 2017, nem tinha dado surto de covid nem nada ainda. E essa idéia era como se fosse pra trancar a sociedade em quarentena e realizar um estudo sobre um vírus que tava infectando as pessoas, mas não o do corona, o vírus do egoismo, do ego e da alienação. Mó coisa loca né. Tem foto e tudo do dia que eu fui gravar e etc, da pra comprovar, rs. E esse som nem era pra sair agora, iria ser muito mais pra frente. Ai quando rolou essa pandemia tava óbvio que a hora de lançar o som era agora. 

A mensagem que eu quero passar no som é de que da pra fazer um trap de mensagem. Essa ilusão que trap só tem que falar de droga e festa é ultrapassada demais. O trap pode também falar de sentimento, relação do artista para com a sociedade, ou seja, problemas sociais, religião, mensagens metafóricas, sentimentos familiares, o sentimento em si, entre muitas outras coisas.. O trap não é diferente do Rap. Trap é um tipo de batida. Um instrumental onde vc coloca o Rap em cima. E tem vários artistas que fazem sons de festa e curtição mas não só esse tipo de som, entende? A versatilidade é uma característica muito importante pra mim.

VI$H: Conseguem nos resgatar qual foi a sua reação ao escutar o beat que deu origem ao single pela primeira vez? 
Amad: Eu tinha feito o som sem batida, Acappella. Ai só faltava achar o beat. Quando eu escutei esse do OgBeatzz, um trapzão que eu vi que encaixava, já raptei na hora.

VI$H: O que podemos esperar do Amad após este lançamento? Pode nos revelar algo?
Amad: Tenho álbuns no gatilho... Coloca o capacete que ta vindo, quase tudo em clipe.
 
VI$H: VI$H: Ser rapper não é fácil. Fala ai pra VI$H como tem sido sua caminhada como artista até aqui. 
 Amad: Difícil... Mas o corre é assim mesmo né? Em 2017 eu tava bem desmotivado e o João Cruz, quem gravou a maioria dos clipes do Game Change, me incentivou como ninguém nunca tinha incentivado para seguir firme no trampo, gravar as músicas e partir pras filmagens. Como no Brasil não da pra ter perspectiva financeira, principalmente se você não é formado numa faculdade, a gente foi pra Europa trabalhar de peão, em obra mesmo. Moramos lá durante 4 meses, fizemos os Euros, trocamos em Real e compramos os equipamentos de filmagem. Por isso que o Game Change tá saindo inteiro em clipe, e vai continuar assim!


VI$H: Antes de terminar a entrevista, qual recado você deixa para os leitores musicais que estão te conhecendo.
Amad: Ai minha família, sem maldade, é um prazer imenso pra mim poder ta lançamento meu trabalho, que é meu sentimento em forma de música. Isso é meu sonho e eu prometo que na música eu não vou deixar a desejar. Gosto é gosto mas o rap tem flow, tem variação, tem punch lines, tem jogo de palavra, tem melodia, tem versatilidade de temas e estilos, tem speed flow e outras técnicas que eu estudei muito. Tudo ta exposto no som. Cola comigo, demoro? .


Ouça "Quarentena" no Spotify:



Siga Amad
Twitter