Escute "No Future", o álbum de estreia do artista recifense ZETO



O artista Zeto, vem elevando a qualidade do cenário recifense, com o lançamento do seu álbum de estreia. O nome trabalha diretamente de Pernambuco, apresentando um projeto de forma envolvente, prezando a versatilidade nas oito faixas que compõe seu primeiro álbum, batizado "No Future"

A produção musical do disco, é algo que se destaca. Mostrando toda a sintonia Zeto, com o produtor Whitebuddha, nome responsável pelos instrumentais, mixagem e masterização do projeto. No Future, traz duas participações especial, tendo as presenças das vozes de Nayane Ramos e Caio Cavalcanti


O álbum "No Future", já se encontra disponível nas principais plataformas de streaming. Escute o material na integra abaixo:


A VI$H teve o prazer de trocar uma ideia direta com o artista, te deixando por dentro de alguns processos por trás do album. Confira o papo abaixo:

VI$H: Como funcionou o processo criativo de composição do projeto?
ZETO: Foram várias ideias e sentimentos juntos, fazia muito tempo que eu não lançava nada, nenhum projeto além de um single lançado em maio de 2020. E com a pandemia e o isolamento social, com toda a tristeza que a gente vem passando, eu me senti na necessidade de trabalhar em algo novo, de fazer algo que eu amo fazer. Eu precisava e queria muito voltar, tava sentindo falta do meu nome na pista e dos feedbacks da galera que curte meu som. Aí, como de costume, a maioria das músicas foram fluindo na minha cabeça, principalmente as melodias vocais e flows. Quando me junto com Ítalo Whitebuddha [beatmaker e produtor] é um "casamento" perfeito, ele sente o que eu sinto.


VI$H: Você lançou o álbum "No Future", qual a principal mensagem que pretende passar para quem está curtindo este projeto? 
ZETO: Quero que sintam a minha vibe, que sintam o que quero transmitir, a minha energia. Juntando pop, punk, r&b, rock, metal, trap, quero fazer algo único e praticamente inédito na cena, quero vários públicos comigo, quero que minha arte seja pra todos, do mais preto ao mais branco, do mais rico ao mais pobre, curtam, chorem, batam cabeça, cantem, gritem. Quero que minha arte seja lembrada e perpetuada.

VI$H: As faixas contam com muita versatilidade pela parte de ZETO, misturando o inglês e português nas canções. Quais foram suas referências para a formação do projeto? 
ZETO: Eu misturo muitas influências, desde o punk, o rock, e o pop até o trap. Tenho influências como Sex Pistols, Guns N' Roses, AC/DC, Kiss, indo ainda pra Young Thug, Travis Scott, Zillakami, Gunna... Mas acho que a ideia geral vem principalmente do punk em si. No Future é uma das frases (acho) mais usadas do punk da história, tanto que na música de Sex Pistols “God Save The Queen” que é um dos hinos punks da história, tem um trecho “There's no future, no future for you!” (em traduçāo livre: Nāo há futuro para você). Ou seja, é um jeito pessimista, de certo modo, de entender, de esperar o futuro nesse mundo que a gente vive, tá ligado? E é um futuro meio incerto principalmente em relação a música, é um sonho vei, eu não tenho futuro porque normalmente quando você fala “não vou estudar, não quero trabalhar, eu vou fazer música”, o que o povo fala? Não tem futuro, não existe um futuro pra essa pessoa porque a sociedade funciona assim. E também condiz muito com o tempo que a gente tá vivendo agora e em que o álbum foi produzido. 

VI$H: A produção musical ganha um destaque único. Nos relate como fluiu essa sintonia ao lado do produtor Whitebuddha.
ZETO: Desde que conheci Whitebuddha nossas ideias, sentimentos, e energia se bateram muito fortes, por isso eu falo que é um casamento perfeito, tá ligado? Ele sabe o beat que quero, ele sabe o que tô pensando, as ideias que quero colocar, tipo aquela fita de gêmeos, sabe? Um dá uma ideia e o outro finaliza a ideia como se tivesse lendo o pensamento. Ele também veio do metal, do rock, assim como eu vim e creio que isso casa perfeitamente pra nossa estética geral dentro do trap, dentro da música pop, dentro de tudo aquilo que faço. Ele sempre pontua toques que são divinos, saca? Fala pra eu mudar o tom, sugere ideias, palavras e até rimas. Sou muito grato por trampar com um produtor tão foda, e novo, porém com muita bagagem de rock, de música em geral... Enfim, só aprendizado.

VI$H: "No Future" conta com as participações de Nayane Ramos e Caio Cavalcanti. Como foi trabalhar ao lado dos artistas?
ZETO: Nayane é minha namorada e quem me fortalece e me ajuda com todo o meu corre, fica à frente de altos bagui por mim... Em uma madrugada dessas aí da pandemia no ano passado, ela sugeriu uma música dançante e colante pra gente trampar, fez uns 60% da música, deu o nome, fez uns versos, escolheu o beat juntamente comigo, e eu lapidei, fiz o refrão, as melodias vocais e flows e aí surgiu a faixa “Brincar com Fogo” que é uma das nossas apostas do álbum. E mano, quando se ouve essa música uma vez você quer ouvir sempre!
Já Caio é um grande amigo meu que que destrói na guitarra e tem experiência tocando aqui na minha cidade em várias bandas há muito tempo, ele faz o solo visceral da primeira faixa chamada “Sistema Solar”, e chega a ser um bagulho meio Eddie Van Halen, saca?! Tive a ideia de chamar ele porque eu sabia que iria ficar foda a guitarra dele nesse álbum, e deu muito certo.




VI$H: Você acabou de dropar o álbum, mas nos conte, o que podemos esperar do ZETO ainda neste ano? 
ZETO: Mano, com certeza vem clipes por aí, clipes dos singles de No Future, principalmente, mas pretendo realizar também clipes de singles antigos meus, como Sepultei e Air Force. Até agora eu nunca fiz nada audiovisual e quando eu fizer vai ser foda! Toda a espera vai valer a pena, guarda minhas palavras. E claro, novos singles com parcerias sinistras, e pessoas que eu considero lendas da cena do trap aqui de PE, já tem até alguns na agulha, só progresso. Se for possível e seguro ainda esse ano, também quero fazer muitos shows, tô com muita saudade de ir pra palcos e espero inaugurar oficialmente No Future nos palcos o quanto antes. 

VI$H: Ser artista não é fácil, nos conte como tem sido sua caminhada no mundo da música até aqui.
ZETO: Cara, é foda ser artista independente no Brasil, ainda mais sendo preto e vindo do Nordeste. É muita luta dividir a vida social e profissional com a artística, só quem sabe sabe, tá ligado? Muita lágrima, muita angústia, muito suor, mas também muita alegria. É foda por que normalmente gostam da fama e não do artista, sabe? Mas nós segue em frente, acreditando num sonho que nos faz sentir vivos. “Parasita hoje, um coitado amanhã. Correria hoje, vitória amanhã” já dizia Racionais, né?!

VI$H: Deixe um recado para o público musical que está conhecendo seu trabalho no momento. 
ZETO: Salve salve, sou ZETO, mano, sou preto, nordestino e sonhador, assim como tantos outros. Eu vivo, respiro, como e bebo música desde que nasci, tô me moldando pra ser algo a mais dentro do trap e da música brasileira em geral. Saquem meu álbum No Future que com certeza não vão se arrepender, tá muito bem produzido e muito bem feito, eu vim dando o meu melhor nesse projeto e juro que tá do caralho! Satisfação total. Me sigam no instagram (@zetozeto) que é o meu principal e talvez único meio de divulgação. Bless up!