Puyol explora uma sonoridade única ao lado de Covero e da banda Stolen Byrds no single "Sujeira"


Diretamente do interior do Paraná, o artista Puyol, se prepara para a chegada de um novo de álbum neste ano. O rapper de 25 anos, trabalho em seu quarto projeto oficial, iniciando essa era com o lançamento de uma das faixas que integram o álbum  "PERDIDOS DE NOVO".

Puyol, libera a faixa dois disco, material que chega de forma especial, contando com as participações versáteis de Covero e da banda Stolen Byrds, grupo de Rock nativa da cidade de Maringá. O single nomeado "Sujeira", leva esse nome pois é a mistura de diversas culturas e formas de expressão diferentes, mas com o mesmo ideal. 

A produção musical da faixa ficou por conta de Prod Vibe. O produtor explora instrumentos orgânicos, gerando uma identidade artística nunca antes vista. O trabalho conta com mixagem por Vibe e Diogo Poppi, nome que foi responsável pela masterização da faixa. O video recebe edição de Guilherme Massago. Confira o material realizado pelo selo Namocada Records abaixo:


Confira o trabalho no YouTube:


A VI$H, teve o prazer de trocar uma ideia direta com Puyol, te deixando por dentro de alguns processos do single e do álbum. 

VI$H: Primeiramente, por que o álbum é batizado "PERDIDOS DE NOVO"?
Puyol: Em 2020 lançamos um álbum de grime intitulado “Camaleão”, e como queríamos contribuir com esse movimento que está em constante crescimento no Brasil, passamos muito tempo estudando a origem e os artistas que vinham fazendo isso tanto no Brasil quanto na gringa. Quando lançamos o álbum algumas pessoas botaram fé no corre e daí surgiram algumas oportunidades, como a participação no “Brasil Grime Show” e alguns feats como o do AKA AFK, porém, uma grande parcela da cena por algum motivo desmereceu nosso esforço, chegando até zoar nosso sotaque, dizendo que estávamos “perdidos”.
Então respondendo à pergunta, esse álbum é uma resposta irônica pra todos que de alguma forma perderam tempo tentando nos desanimar, fica aqui nosso obrigado.
 

VI$H: Qual a principal mensagem você deseja passar para quem está curtindo este trabalho?
Puyol: Acredite no seu potencial, na sua identidade, na sua família e em seus amigos. Tente ser o mais transparente possível em tudo que você fizer, pra que as pessoas amem ou odeiem você pelo que você realmente é, isso é gratificante.
 
VI$H: Como funcionou o processo criativo da segunda faixa do disco?
Puyol: Queríamos produzir algo nunca feito, mas não sabíamos por onde começar, a partir daí pensamos em reunir pessoas, identidades, origens e musicalidades totalmente distintas em prol de uma só mensagem.
Desde o instrumental até as letras tudo aconteceu muito natural, a música foi gravada em Maringá e em São Paulo, depois a banda Stolen Byrds aceitou nosso convite e acresceu os instrumentos trazendo um ar alternativo à um beat que já estava muito sujo, o resultado foi inexplicável, no fim das contas ninguém sabia explicar como tudo tinha acontecido tão rápido e natural, e o mais legal é ver a reação extasiada que de quem ouve.
 
VI$H: O single "Sujeira", conta com uma colaboração única. Nos relate como fluiu a parceria com Covero e a banda Stolen Byrds.
Puyol: O Covero e o Vibe já haviam se conhecido em umas das viagens à São Paulo e estavam trabalhando em algumas faixas, foi quando o Vibe apresentou algumas músicas minhas e o Covero se interessou. Quando o Vibe voltou pra Maringá ele trouxe uns refrões gravados e foi me mostrando, quando eu ouvi esse da track “Sujeira” eu fiquei em choque, falei quero entrar nessa e escrevi umas linhas. Com a música pronta o resultado tava legal, mas tava faltando alguma coisa, foi quando eu lembrei da banda Stolen Byrds, uma das identidades mais fortes da nossa cidade e fiz o convite, eles não só aceitaram o convite como disseram que já acompanhavam e curtiam nosso trampo.
Em questão de 3 dias eles já haviam gravado as vozes, os instrumentos e o Vibe já estava finalizando o tratamento da faixa, depois disso vocês sabem o que aconteceu hahah.
 

VI$H: A produção musical da faixa leva destaque. Como foi trabalhar ao lado de Vibe e Diogo Poppi nesse processo. 
Puyol: Eu e o Vibe trabalhamos juntos desde 2017, e o Poppi faz parte de tudo isso desde o começo, a impressão que dá é que cada um ensina o outro todo hora mesmo que inconscientemente, todo mundo fala merda e se respeita ao mesmo tempo, são vivências completamente distintas, mas que possuem o mesmo ideal. Eu vim das batalhas de mcs, conheci o Vibe enquanto ele fazia cursos de produção musical e um desses cursos foi com o Poppi, que é técnico de áudio/produtor e já viajou o mundo produzindo eventos como: Rock in Rio e a Tocha Olímpica.

VI$H: O que pode nos revelar sobre o álbum? 
Puyol: O que eu posso dizer é que esse álbum não pode ser rotulado, aproveitamos da ideia de que estamos “perdidos de novo” e produzimos as músicas de forma totalmente livre e sem estereótipos, meu conselho pra você que está lendo isso é que escute todas as faixas pelo menos uma vez, por que uma faixa não tem nada a ver com a outra, depois disso você tem todo o direto de não gostar.