Sérgio Wong conduz muita versatilidade em seu disco de estreia, ouça “Mídia”

2022 tem nos reservado a chegada de belos projetos. Seguindo essa linha, contamos com o cantor e compositor paulista Sérgio Wong dando vida ao seu primeiro álbum de estúdio. 

O jovem de apenas 19 anos, dita ritmos com maestria, levando o rock de encontro a outras vertentes, trabalhando a mistura de estilos de modo único no álbum intitulado, “Mídia”. As influências do disco são vastas, transitando pelo post-punk, grunge, pisadinha, rap, funk e shoegaze, tudo isso encontrado nas oito faixas que dão vida ao material. 

Para a sua estreia com o disco "Mídia", Sérgio, que vive no bairro periférico Vila Ede, na Zona Norte de São Paulo, deixou claro o cotidiano caótico da vida na capital. 

“A minha vida, o meu trabalho e os meus estudos, tudo isso está muito conectado à história desse álbum. Em 2021, captei o máximo de coisas que estavam ao meu redor e as coloquei dentro dessas músicas”, completa Sérgio.

Foto por Gabriel Shigueo

O trabalho chega de modo especial, refletindo a personalidade de Wong em cada composição, sem nenhuma amarra musical. Mídia conta com participação especial do rapper Gasolina Comum, trazendo todas as faixas produzidas e mixadas pelo próprio Sérgio Wong, tendo masterização pelo peruano Francisco Iuvara. Confira completo:


O trabalho já se encontra disponível nas principais plataformas de streaming. Ouça abaixo pelo Spotify:


Tivemos o grande prazer de trocar um papo direto com o artista, que destrincha alguns detalhes do disco. Leia toda a ideia abaixo: 

VI$H: Para começar, por que seu álbum de estreia foi nomeado "Mídia"?
Sérgio Wong: O álbum é uma junção de referências assim como a mídia.

VI$H: Qual a principal ideia você espera que o público receba escutando o disco?
Sérgio Wong: Espero que se sintam inspirados.

VI$H: Sobre a produção, como fluiu o processo de composição e produção do projeto? Quanto tempo levou? 
Sérgio Wong: Sou muito guiado pela intuição na hora de compor. A maioria das gravações foi em primeiro take com improvisos. Quase todas as ideias das músicas eu tive no dia-a-dia no meio da rua, então eu gravava elas em áudio no celular ou whatsapp pra não esquecer. “Estilo” foi o primeiro esboço do esboço porque todas eu demorei muitos meses para finalizar, eu ia adicionando elementos conforme o tempo passava. A minha vida está intrínseca a história desse álbum, em 2021 tentei captar tudo ao meu redor e colocar ali dentro das músicas. 

VI$H: Se você tivesse que expressar o álbum em apenas 3 sentimentos, quais seriam? 
Sérgio Wong: Frenesi, frenesi, frenesi.

VI$H: O disco promove uma união de estilos pouco vistos, de onde surgiu toda essa visão ideia experimental para o seu disco de estreia?
Sérgio Wong: O álbum foi pensado como um experimento de gênero, neste álbum as músicas seriam de gêneros diferentes umas das outras mas todas guiadas pelo gênero do rock.

Foto por Beatryz Avelino

VI$H: Como foi contar com a participação especial de Gasolina Comum em uma das faixas? Fale mais sobre essa colaboração. 
Sérgio Wong: Foi como termos um filho juntos.

VI$H: "Mídia" ainda está fresquinho na cena. Mas, nos conte o que podemos esperar do Sérgio Wong daqui pra frente? Pode nos revelar algo?
Sérgio Wong: É estranho isso de futuro porque nem eu mesmo sei se vou dar conta do que vem por aí. Vou mudar meu nome pra um apelido que tenho aqui em casa desde que nasci. Vou voltar pra minha base que é o funk. Vou botar a cara.

VI$H: Obrigado por sua participação. Deixe um recado para o público que está conhecendo seu trabalho neste momento. 
Sérgio Wong: Vai viver a vida. Movimento é tudo.