Ogoin & Linguini ditam um clima romântico no single "Good Times"



O cenário nacional tem nos proporcionado a chegada de alguns trabalhos colaborativos recheados de classe. Podemos dizer que a parceria entre os artistas Ogoin & Linguini se encaixa muito bem nesta ideia. 

A dupla comanda um projeto musical que nasceu em Belo Horizonte, Minas Gerais, no fim de 2021 através do músico, compositor e produtor, João Lucas Prado Santos (vulgo Ogoin), e do rapper, compositor, beatmaker e DJ, Vinícius Fernandes de Oliveira (vulgo Linguini). Possuindo grande diversidade de referências, o projeto surgiu como uma expressão artística de ambos, em que a união de duas pessoas com as mesmas visões, convergiram para uma posição onde deixaram de ser consumidores para se tornarem autores. 

Recentemente contamos com uma nova experiência musical do duo, liberando oficialmente o single “Good Times”, marcando a parceria dos artistas com o Selo musical “Produto Marginal”. Com uma linguagem que constrói os elementos dos programas românticos de rádio, como os recadinhos de amor, o nome da música remete ao nome do programa “Good Times” levado ao ar por emissoras como a BH FM.  A faixa exala versatilidade, tendo uma produção que envolve o smooth Jazz com drill, buscando transmitir a sensação de ter alguém junto se certificando que ela é amada e que se sinta amada em todos os aspectos. 

Good Times possui produção executiva pela Produto Marginal, com fotografia de Elen Dutra e direção de arte por Bruno Queiroz. Ouça o trabalho nas principais plataformas de streaming:


A VI$H teve o grande prazer de trocar uma ideia direta com os artistas, te deixando por dentro de alguns detalhes exclusivos da faixa. Confira abaixo:

VI$H: Para começar, de onde surgiu toda essa sintonia e conexão entre Ogoin & Linguini? Nos conte como essa parceria foi iniciada. 
ogoin: A gente pertence à mesma bolha artística de BH, temos vários conhecidos em comum que são DJs, produtores, promotores de eventos, rappers e etc. Por causa disso acabamos nos seguindo nas redes sociais e um belo dia o primeiro contato para produção aconteceu, meio que na clássica “vamos produzir juntos, tenho alguns beats aqui que acho que você poderia fazer algo em cima deles”.
Nessa ideia o Linguini me mandou 3 beats de r&drill que eram com a capella de cantoras de pop em cima, Ariana Grande, Pabllo Vittar. Uma delas era o beat da ‘Sem Propósito’. A gente percebeu que havia uma sinergia legal entre a dupla e a partir daí fomos produzindo vários sons. Acredito que devemos ter hoje mais do que 15 sons pensados.

VI$H: Qual a principal ideia/mensagem vocês esperam que o público retire da faixa "Good Times"? 
ogoin: Good Times é um recadinho de amor, ao estilo programa de baladas românticas ‘Good Times’, que é um programa de rádio muito famoso de uma rádio da região em que o narrador passava alguns recados românticos e dedicava músicas durante o programa.
A letra é basicamente alguém se certificando de que a outra pessoa vai ficar sabendo que eles são o melhor casal.

VI$H: Vocês são repletos de boas referencias, fazendo com que o trabalho conte com uma sonoridade única e agradavel. Revele mais detalhes sobre como fluiu processo de produção da faixa. 
linguini: Ao receber a guia eu senti que a principal referência foi fazer um som que misturasse jazz e drill, muito na onda do que o Knucks gosta de fazer. O ponto de partida foi a música Give It Up 2 Me, de outra artista de UK, a Ojerime.
Inicialmente, se tratava apenas de um “remix” de drill deste RnB, com o mesmo sample que a Ojerime usou junto à acapella da voz dela. Era mais uma brincadeira que havia feito para tocar na pista e mandar para amigos... Mas depois percebi que alguém deveria rimar em cima e mandei o beat para dois artistas, um deles era o ogoin.
O ogoin sempre foi muito rápido em suas composições e me mandou uma guia poucos dias depois, com a letra e melodia completamente projetada. Com clara sonoridade do jazz e do rnb, tinham muitas coisas que lembravam pagode (nosso rnb brasileiro hahaha).
Para além dessas referências, em outros projetos, nosso duo pretende mostrar a versatilidade e as diversas referências em comum entre os dois artistas. Um de nossos objetivos é ampliar o nosso “leque rítmico” para além do drill, explorando outros gêneros como Detroit beat e house music. Também temos diversas músicas que não utilizam a técnica do sample e tiveram seu arranjo construído “do 0”. Essas faixas carregam uma temática e estética mais retrô, utilizando timbres de drum machines e sintetizadores da época e fazem parte de um estudo que tenho feito em cima de algumas músicas dos anos 80 e até 90. O ogoin compartilha de várias referências dessa época, então estamos muito alinhados com a expectativa de trazer várias coisas bem 80s pra vocês.


VI$H: Quanto tempo levou do inicio das produções até o lançamento?  
linguini: Foi tudo muito demorado! Para vocês terem noção, good times já tinha sua letra e beat
compostos desde o natal do ano passado...
Diversas questões como a falta de estrutura para realizar as gravações e orçamento para acelerar o processo de mixagem, masterização e até mesmo de arte visual, contribuíram para o “atraso da faixa”. Entretanto, acredito que apesar da demora, a música saiu da forma que queríamos e em uma época muito especial, que antecede o dia dos namorados e o mês do orgulho LGBTQIA+.
Além disso, apesar de já colecionarmos várias guias e demos em nossas conversas do whatsapp, eu e o ogoin nunca conseguimos nos reunir em estúdio de forma presencial, para pirar em novas ideias e discutir possibilidades de projeto. Isso ocorreu por conta de fatores como a pandemia e a distância entre a residência de cada um e de certa forma também foi um fator para frear o projeto um pouco. Pela importância que existe em um encontro presencial, acredito que isso tem sido uma limitação que a gente também teve que aprender a conviver, mas que será superada em breve por meio da parceria com a Produto Marginal.

VI$H: A faixa deu ínicio a uma parceria com a Produto Marginal. nos conte mais sobre como está sendo estar ao lado da produtora.
ogoin: A produto apareceu em um momento em que sabíamos que, sozinhos, não conseguiríamos produzir e organizar o projeto da forma que queríamos. Parece até combinado do destino, mas eles agregam justamente partes da nossa rotina e estratégia que não conseguimos ter tempo para desenvolver. O lançamento da Good Times reflete muito bem isso. Toda a divulgação, organização e materiais que fizemos externos ao som, possui parte importante de trabalho da Produto Marginal. É essencial para o artista entender que o projeto precisa ser formado por pessoas que pensam nele para além do objeto artístico, porque, de fato, só assim você vai conseguir colocar todo o potencial que o objeto artístico precisa para acontecer.

VI$H: Vocês acabaram de deixar um trabalho na pista, mas não podemos deixar de perguntar sobre quando vem o próximo lançamento. Podem nos contar algo?
linguini: Assim como disse acima, temos diversas músicas engavetadas, que vão de Londres até Detroit! Ainda estamos definindo qual serão os próximos movimentos, mas já adianto que nossa proposta principal é mostrar a nossa versatilidade e a capacidade do duo de pegar gêneros que estão sendo produzidos de forma massiva e repetitiva e os reapresentar com uma estética e temática um pouco diferente.

VI$H: Obrigado pela participação! O espaço fica aberto para deixarem uma mensagem para os ouvintes que estão conhecendo seu trabalho agora neste momento.
ogoin: Espero que todo mundo que está conhecendo o projeto aproveite e consuma muito o que já tem na pista. Estamos começando agora e temos muita coisa diferente para fazer acontecer. Se você acha

 que já conhece o duo ogoin e Linguini com os dois lançamentos, você não espera pelo que ainda temos para mostrar. E é essa a graça para nós. Temos muitas surpresas boas nas mãos e esperamos que vocês curtam e aproveitem todas elas.