O match perfeito existe? Ignacio comenta sobre o histórico da ligação do piano com a música eletrônica ao longo dos anos
O produtor e instrumentista Ignacio toca piano desde criança e teve seu primeiro contato com a música de pista em 2015, foi ali o ponto de partida para dar os primeiros passos em seu projeto de live act, que mistura o piano com as batidas e grooves da House Music.
Como um bom artista, Ignácio busca não se engessar e em sua apresentação há sempre interações com Disco, Electro, Techno e uma atmosfera que flutua sobre o todo, proveniente do Jazz e da MPB que casam perfeitamente com as notas bem estruturadas do piano. Mas será que existe o match perfeito entre música eletrônica e piano? O artista elucida:
“Eu sou um pouco suspeito pra falar, mas pra mim, o piano permite várias possibilidades, dependendo como você toca e a timbragem que você coloca nele. Eu acabo usando muito para as partes melódicas e também de forma mais rítmica (geralmente brincando com alguns chords tocados de formas variadas). Mesmo gostando muito, às vezes tomo um pouco de cuidado para não usar demais. Ultimamente, tenho evitado começar músicas pelo piano, por exemplo. Isso me ajuda a não sair usando ele pra tudo e deixando mais espaço para outros elementos :)”.
Suas produções por si só já dizem muito sobre a vibe do artista, mesmo que muitas vezes explore as nuances do Techno em algumas batidas, é no House que ele mais se aventura e isso se mostra a partir de simplicidade na bateria, enquanto estoura os dedos no teclado para dar aquele ar de um som chique, às vezes meio jazzy e fluído para as pistas.
No estúdio, o artista mantém uma rotina de estudos diária a fim de lapidar-se cada vez mais e sente que essa prática é fundamental para manter a faceta artística organizada. Tendo passado por pistas como D-Edge, Levels, Cultive e Masterplano, ele aproveita seus momentos ali para aprimorar sua arte, se conectar com o público e com todas as facetas de sua musicalidade.
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