Escute “SERIAL DRILLER“, o primeiro álbum colaborativo entre os artistas Vagal & El Piva

Vindo diretamente de Salvador, Bahia, temos a presença de Vagal com o drop de um novo projeto.

O artista de 26 anos, é um dos nomes do coletivo soteropolitano Raposa Ladrona, e também um artista da gravadora Zoio Music. Sua nova ação na cena vem com a estreia do álbum “Serial Driller”, projeto realizado de modo colaborativo ao lado do produtor EL Piva. 

A obra nos separa o lançamento de sete faixas inéditas para o primeiro álbum em parceria entre os artistas soteropolitanos, onde aparecem compartilhando uma sintonia única. As faixas do álbum se conectam muito bem entre si, diante de variados temas abordados pelo rapper, que retrata suas vivências em formas de rimas.

Serial Driller contém uma estética voltada para o gênero "drill", sendo um projeto recheado de músicas agressivas, ácidas, e com muitas participações de renome da cena local de Salvador. Recrutando colaborações de nomes como Makonnen Tafari, Feezi, Montecristo, Wayra, Preto Verdadeiro, Oddish, M4cedo, V$ e Gust.

Na obra encontramos Vagal abordando temas como autoestima, ego, vícios, e o cenário musical atual, Vagal chega com rimas impactantes, fazendo jus as produções do beatmaker El Piva. Serial Driller já se encontra disponível nas principais plataformas de streaming. Confira:

Ouça a obra pelo Spotify:

A VI$H trocou uma ideia direta com o artista, trazendo alguns detalhes exclusivos envolvendo sua produção e mais. Flagre o papo abaixo:

VISH: O que inspirou a colaboração entre vocês? De onde surgiu essa sintonia? 

Vagal/El Piva: Nos conhecemos desde adolescentes, mas a música que fez a gente ter uma conexão maior mesmo. Trabalhamos juntos a anos, fazemos parte do mesmo coletivo, da mesma gravadora, e desde que começamos a tampar juntos sempre tivemos uma sintonia absurda.

VISH: Serial Driller é um projeto muito ambicioso e cativante, como surgiu a ideia do titulo do álbum? 

Vagal/El Piva: Eu gosto muito de séries e filmes com temáticas de “serial killer”, juntamos isso com o gancho de que esse assunto tá ficando cada vez mais em alta nas redes, e fizemos um trocadilho para o nome do álbum. Mergulhamos muito nessa estética para criar o conceito visual e artístico do projeto.

VISH: Conte mais sobre o processo de criação e produção do álbum. 

Vagal/El Piva: Demorou um tempo considerável. Tínhamos músicas prontas que sabíamos que precisávamos dar uma atenção especial para elas, e fomos guardando para o momento necessário. Vimos que já tínhamos algumas seguindo uma estética parecida, e todas sendo em Drill, então resolvemos juntá-las em uma coletânea.

VISH: O álbum conta com diversas colaborações, como foi a escolha dos feats? 

Vagal/El Piva: Na real foi bem fácil. Todos são artistas que eu admiro bastante, que eu tenho uma proximidade também a anos, então foi tudo bem tranquilo. Sou fã de cada artista que está incluído no projeto, e agradeço de coração por eles fazerem parte disso. Cada um somou demais no álbum, trazendo sua própria vibe.

VISH: O drill é a principal vertente encontrada no disco, como é para vocês realizarem esse projeto diretamente da Bahia? Como enxergam a vertente na região? 

Vagal/El Piva: Eu me identifico bastante com o drill, acho que é a vertente do rap que mais gosto de escutar. Sem falar que o Drill tem a cara da Bahia, tendo em vista que Vandal foi um dos primeiros (se não o primeiro) a apresentar essa vertente para o rap nacional, e tenho ele como uma grande referência para o nosso cenário.

VISH: O que vocês esperam atingir com esse projeto? 

Vagal/El Piva: Estou buscando visibilidade. Acredito que não só eu, mas como vários artistas da Bahia precisam ser vistos. A cena nacional está crescendo cada vez mais, porém aqui no nordeste ainda estamos caminhando devagar. Essa ideia falsa de que “abriram as portas pro nordeste” só funciona na teoria. Na prática, ainda somos vistos como uma “segunda divisão” do rap nacional, principalmente em eventos e festivais locais. Busco conseguir levar meu time pra série A.

VISH: Quais foram as maiores inspirações e referencias por trás da obra

Vagal/El Piva: Meus amigos, minha trajetória, minha forma de ver o mundo e o cenário musical… acredito que não tive nenhuma referência pessoal artística, tudo que eu e El Piva fizemos ali foi nosso demais. 

VISH: Deixe um recado para o público que está conhecendo seu trabalho agora neste momento.

Vagal/El Piva: Eu espero que vocês curtam o nosso trabalho, de verdade! Tentamos trazer algo que saísse da caixa, trazendo um contexto é uma narrativa que vai se desenvolvendo através de cada música e cada vídeo. Obrigado a cada um de vocês que estão dando a oportunidade de conhecer um pouco mais de nós!