Em "Não É Ju", Brazza abre o coração sobre uma paixão mal-sucedida e fala sobre os dois lados de sua personalidade dentro de um relacionamento."Sempre busco legitimar o sentimento que está pulsando no momento. Nessa música eu desabafo sobre um 'toco' que acabei levando de uma menina que estava apaixonado. Em um relacionamento, nós sentimos amor, dor e a raiva acaba fazendo parte disso também”, descreve.
Com a primeira parte lançada em agosto deste ano, "Dias Mulheres Virão" faz um convite para que os homens se desconstruam e se permitam aprender com as mulheres. “Eu sempre fui uma pessoa que tive dificuldade de falar de amor, agora me sinto pronto para falar sobre as mulheres que passaram pela minha vida e me fizeram um homem melhor”, ressalta Brazza.
A obra possui produção musical assinada por Paiva Prod, recebendo mixagem e masterização de Arthur Rodrigues. O clipe conta com direção de Evertun Gomes, trazendo Regis Ramos e André Drum na produção, que ainda ganha realização pela Yalla Recordings. Confira o audiovisual completo abaixo:
Não É Ju já se encontra disponível nas principais plataformas de streaming. Ouça a obra pelo Spotify:
A VISH trocou uma ideia direta com o artista, que revelou alguns detalhes exclusivos do single e da segunda parte do projeto. Flagre o papo abaixo:
VISH: Como você se sente ao conseguir expressar em versos tantos sentimentos e tons pessoais? Te trouxe uma nova conexão com o público?
Fabio Brazza: Eu acho que com o tempo e com a maturidade artistica eu fui me sentindo cada vez mais confortavél pra botar meus sentimentos pessoais no rap, e fui vendo o quanto isso se conectava com os fãs. Das músicas mais fortes que eu tenho, elas são autobiograficas, até a que eu fiz com o Péricles, que é de um sentimento real, então eu fui vendo o quão precioso era garimpar esse sentimento mais genuíno e colocar nas músicas, e essa também foi, diferentes das outras, talvez diferente da do Péricles, que foi um sentimento de amor, essa ai é um sentimento de amor mas com raiva kkkk, mas não deixa de ser um sentimento genuíno, acho que todo mundo que ama sente essa raiva em algum momento da relação, seja ela antes, no meio, ou depois que acaba, acho que todo mundo passou por isso que eu cantei na musica nova.
VISH: No boombap você comanda! Mas de modo sentimental, tem sido mais fácil ou dificil canetar as faixas neste projeto?
Fabio Brazza: O boombap é a minha zona de conforto, eu adoro fazer musica em boombap não importo o estilo. E desse modo sentimental é uma fase, esse álbum "Dias Mulheres Virão", foi uma fase que eu tava querendo compor músicas mais leves, com temas um pouco mais abragentes, porque quando a gente faz um rap muito político a gente acaba fragmentando o nosso público, e a maioria dos meus boombaps tinham esse teor político, e o amor tem isso, de conseguir expandir novos públicos, falar com todo mundo, todo mundo ama, e o amor é universal. Foi uma fase que eu vivi de escrever músicas de amor, de querer por pra fora tanto sentimento desse tema que eu tinha reprimido, porque até então eu odiava falar de amor, e ai eu fui me sentindo cada vez mais confortável pra falar, conforme eu também fui vivendo coisas, a minha alma de artista pediu pra eu botar pra fora, foi uma fase que eu to lançando agora, mas que eu escrevi bastante coisa de amor, e na época tava saindo com muita facilidade, tinha reprimido por muito tempo e tinha muita para eu falar que ainda não tinha sido dito.
Fabio Brazza: Reflete um acontecimento real sim, e como eu disse, cada vez eu presto mais atenção nessas experiências que eu to vivendo recente para escrever as novas músicas, porque quando você ta sentindo aquilo você está mais sensivel parra falar sobre, aquilo sai com mais profundidade e mais verdade. Foi um dia que eu cheguei no estúdio, e eu tava com aquela raiva dentro de mim.
VISH: Como foi ter a parceria de Paiva Prod e a Yalla Recordings na realização deste single?
Fabio Brazza: A gente trabalha muito bem lá, eu amo os beats do Paiva. Eu cheguei meio com raiva, e falei pro Paiva, 'Eu quero falar de amor, mas não faz beat meloso não, que eu to com raiva, vou falar de outra maneira', e ele fez um beat lindo, esse beat do Paiva é um dos meus favoritos, eu amo esse beat, eu acabei gostando bastante dessa música por causa do beat.
VISH: Agora sobre o projeto de um modo geral, de onde surgiu essa vontade de mostrar um novo lado para os ouvintes?
Fabio Brazza: Esse projeto foi nascendo com o tempo, porque eu não gostava de falar de amor, eu achava que o rap tinha sempre que ser uma ferramenta de denúncia social, se eu tiver que fazer rap é pra passar uma visão, passar uma ideia, pra tranformar e salvar a molecada, então quando eu tinha que falar de amor, quando eu escrevia, eu mesmo não gostava de cantar.
Eu fiquei, po ta ai há 10 anos, desde 2012, que lancei minha primeira música que foi um protesto,eu sempre batia muito nesses temas, cara de mal cantando, e eu to em outra fase da minha vida, queria poder falar de outras coisas, queira também poder falar de amor, de sexo, mostrar um novo lado do Brazza, o Brazza não é só aquele lado, com cara de mal, eu também dou risada, eu também choro e eu também transo hahha. Então, é um novo lado onde eu to quebrando algumas morais que eu mesmo tinha, de não falar sobre algumas coisas, mas tudo da minha maneira, com meus trocadilhos, com o meu estilo de fazer música. Então, quando eu enfim dei vasão pra contar essa história saiu muita música, "Dias Mulheres Virão" é parte desse processo e também a minha maturidade artística, de desconstrução, você percebe nesse álbum bastante coisa que eu descontruí de ideias minhas, então é isso que você pode esperar desde o Brazza moleque, até esse, muita maturiadade de ideias e musical.
Fabio Brazza: A primeira parte do álbum foi um pouco mais leve, essa segunda eu acredito que chega em outra energia, uma energia mais forte, então eu acho que vai balancear legal com a primeira parte, que foi mais romântica, essa segunda ta um pouco mais sexual e um pouco mais agressiva, porque o discurso das mulheres "Dias Mulheres Virão", não é só um abraço carinhoso, é também o pé na porta, e as mulheres estão chegando assim, empoderadas e com o pé na porta.
To muito ansioso para lançar a segunda parte, por que a primeira ta muito legal, o pessoa elogiando, mas a primeira só contou a metade da história, eu queria concluir a história para a galera perceber a narrativa que eu quis contar no álbum todo.
VISH: Obrigado pela participação! Deixe um recado para o público que se sentiu conectado com o single.
Fabio Brazza: Agradecer ao convite pela entrevista, gostaria de convidar todos para ouvirem a música, aqueles que gostarem me siga nas redes sociais, e claro ouvir o resto do projeto ali nas plataformas digitais. Essa é só uma amostra de um projeto muito maior, então é isso, a segunda parte está chegando com tudo, essa ainda foi a faixa de estreia desse capitulo.
Fabio Brazza desabafa sobre uma paixão mal-sucedida em novo single, veja “Não É Ju”
Reviewed by VISH MÍDIA
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05 agosto
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