Dos Gramados Para os Palcos: Anderson Talisca brilha como Spark no clipe da faixa "Neurose"

Quem conhece Anderson Talisca nos gramados agora vai se surpreender com sua nova faceta musical. O jogador, atualmente no Fenerbahçe, é também um rapper talentoso, e sob o nome artístico Spark, ele acaba de lançar o single "Neurose", disponível todas as plataformas de streaming.

A música chega acompanhada de um videoclipe incrível, que será liberado às 19h do mesmo dia, trazendo uma imersão visual que acompanha o clima da canção. Para Spark, a música nunca foi apenas um hobby – o rap é sua verdadeira missão de vida. "Neurose" marca mais um passo na carreira do rapper, que já havia lançado o single "Toma" em janeiro, um feat com BIN.

Com uma escrita afiada, "Neurose" foi composta por Rafael Porrada, SABOYA, WHITE, Robert Beats e Anezzi (Filipe Ret). A faixa explora temas como ambição, prazeres passageiros, relações superficiais e a busca incessante por status. O som traz as batidas pesadas do trap, e a letra reflete um estilo de vida de excessos, ao mesmo tempo em que fala sobre os dilemas internos e as consequências desse modo de viver.

Acompanhando essa narrativa de ostentação e poder, o videoclipe traz uma estética luxuosa e futurista. Com direção de Victor Hugooli e fotografia de Rafael Pais, a produção explora ambientes sofisticados e tecnológicos. Spark aparece dirigindo um carro de luxo e se apresenta em cenas intensas, reforçando a postura de confiança e grandeza que marcam a música.

Com produção de Anastasia Raykova, o videoclipe promete ser um grande sucesso visual e sonoro, completando a proposta de "Neurose" e mostrando, mais uma vez, o talento multifacetado de Anderson Talisca, que agora se firma de vez como Spark, o rapper.

A VISH trocou uma breve ideia com o artista, que revelou alguns detalhes exclusivos acerca do single e mais. Flagre o papo abaixo:

VISH: Como você consegue conciliar sua carreira no futebol com a produção de música? Isso exige muita disciplina e organização, ainda mais morando em outro continente

Spark: Acho que a maior dificuldade é o fuso horário, que te exige mais determinação ainda. Mas eu sou atleta - ou seja, a disciplina me move. Tendo disciplina a gente consegue se organizar e fazer dar certo. 

VISH: O futebol e a música têm alguma influência um no outro? Você encontra inspiração no campo para suas letras ou no processo criativo?

Spark: Acho que são duas coisas bem diferentes na minha vida. O futebol é minha profissão, e a música é uma paixão que surgiu naturalmente. Não costumo misturar os dois nem me inspiro no campo para escrever minhas letras. Para mim, cada um tem seu espaço, e gosto de manter assim.

VISH: Atualmente quais são suas maiores referências no trap? Há algum artista com quem você sonha em fazer um feat?

Spark: Não tenho referência no trap em específico, mas em geral minhas referências são Chris Brown e Baby Bash. Gosto muito e me identifico muito com os meus sons, meu jeito de produzir e as minhas músicas.

VISH: O que você mais tem escutado ultimamente ? (Nacional ou internacional)

Spark: Tenho escutado muito o álbum que o Matuê lançou, o 333, e o álbum que o Teto lançou também. Além disso, escuto muito PARTYNEXTDOOR. Acho que depois dessa transição, a minha próxima versão será essa.

VISH: Quando você está em campo, é possível desconectar da música e vice-versa, ou os dois mundos acabam se misturando o tempo todo?

Spark: Sou muito tranquilo. Quando estou jogando, não consigo lembrar das coisas que preciso fazer musicalmente. Não consigo.

VISH: Durante a sua trajetória no futebol, já houve algum momento em que a música teve um papel importante para te ajudar a lidar com pressão e com os desafios?

Spark: Já, a todo momento que vou para o jogo e para o estádio, a música liberta tudo. Mas eu não me escuto nesses momentos. 

VISH: No trap, muitas vezes as letras falam sobre superação, luta e resistência. Como esses conceitos se aplicam à sua vida, tanto no futebol quanto na música?

Spark: Acho que esses conceitos são bases e princípios que vieram da minha infância. Isso já vem comigo, e me ajuda muito até a passar por certos tipos de situação no futebol de superar desafios, tomar decisões, respeitar o ser humano, enfim. Acho que isso eu trago muito nas minhas músicas, mas isso sempre foi muito importante nessas situações.

VISH: Existe alguma mensagem ou sentimento específico que você espera que as pessoas sintam ao ouvir esse trabalho?

Spark: Quero que a galera sinta amor próprio, liberdade, respeito, são palavras que eu quero que a galera siga bastante. Respeitem e amem mais.