Klisman lança "CHTC?": um grito de identidade, resistência e vivência do Centro Histórico de Salvador
Identidade, resgate e resistência. É com essa proposta que o rapper Klisman lança, no último mês o álbum "CHTC? (Centro Histórico Tá Como?)”. Composto por 13 faixas,
o disco promete ser uma virada de chave na carreira do artista baiano e conta com
participações de Filipe Ret, Alee, entre outros. O disco já está disponível nas
plataformas digitais, via NADAMAL.
Em "CHTC?”, Klisman convida o ouvinte para uma viagem através das suas vivências
enquanto morador do centro histórico de Salvador (BA), da cultura de festas de rua à
realidade criminal das periferias brasileiras. O projeto é inspirado em um bordão que
viralizou nas ruas e redes da capital baiana: “CH tá lindão!”. Criado por Klisman e um
amigo, o termo virou símbolo de orgulho e pertencimento para quem vive nos 11 bairros que
formam o coração antigo da cidade.
“Cresci em uma região de Salvador onde você encontra de tudo: muita energia boa,
pessoas honestas, uma cultura vibrante e de resistência, mas também muita coisa ruim,
como o tráfico e a criminalidade. Trouxe tudo isso para o meu álbum, que é um reflexo de
tudo o que vivi no centro histórico, sejam as minhas dores ou as que presenciei. Mostro
como, mesmo com tudo isso em minha volta, não escolhi o lado errado. É um retrato da
busca pela solução e o caminho até a vitória", conta Klisman.
“CHTC?” vem para coroar o momento de alta do cantor. Em colaborações com Alee, como
nas faixas “Party" e “Pagão", os artistas viralizaram, chegando a ser destaque na playlist
‘Top 50 Viral’ do Spotify e somando mais de 8 milhões de plays na plataforma.
Recentemente, os dois estiveram juntos também em "Proibido Branco", juntamente com
Jovem Dex, faixa que abriu os trabalhos do álbum.
A proposta e a exaltação à cultura baiana também estão presentes na sonoridade. A
produção musical reúne referências do trap, como Dallass e Neckklace, com o “tempero
baiano” de Os Químicos coletivo de beatmakers de Salvador que trouxe para as batidas,
a estética do “groove arrastado”. “A gente trouxe uma vibe do pagodão baiano de bandas
antigas, como de bandas como ‘Fantasmão’ e ‘Edcity', que eram artistas que eu escutava
quando era menor e queria trazer um pouco dessa sonoridade para o meu trap", explica.
Mesmo com a vibe do trap tradicional presente, o álbum não abre mão do peso lírico. Ao
longo do disco, KL fala também sobre a ausência do pai e como isso marcou sua trajetória;
sobre o conflito interno entre ser um bom filho e, ao mesmo tempo, precisar se envolver
com o tráfico para sobreviver. “CHTC?” mergulha nessas contradições sem medo.
“Transformar tudo isso em música foi um processo de libertação. Por mais que esse disco
seja baseado em histórias pessoais, acredito que muita gente vai se identificar", ressalta.
Para complementar a vibe do projeto, além dos já citados Filipe Ret, Alee, Leviano e Scarp
formam o time de peso de participações. “É o maior feito da minha trajetória. Esse álbum é
o que eu sempre quis ouvir. É de uma importância surreal, ainda mais estando em uma
gravadora como a NADAMAL e lançar esse projeto com pessoas que eu sou fã", encerra.
Todas as faixas serão divulgadas com visualizers exclusivos no canal do Klisman no
YouTube. Confira abaixo:
Klisman lança "CHTC?": um grito de identidade, resistência e vivência do Centro Histórico de Salvador
Reviewed by VISH MÍDIA
on
18 junho
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