Rimando sobre seus devaneios sensitivos e sobre respeito sua existência espiritual, Amplexo entra na cena trazendo para o ouvinte um jeito diferente de se ouvir e de se fazer o velho e bom rap. Com ideias fortes e próprias o rapper se entrega de corpo e alma nas suas produções criando um espaço de inovação a cada som novo.
Lapidando as ideias e contornando as partes subjetivas do que chamamos de rap experimental podemos perceber uma nova brecha para o publico que está procurando algo inovador para ouvir e curtir, e digamos que podemos chamar o Amplexo de inovador.
Após lançar a pouco tempo o seu mais ultimo trabalho o EP Ambrião, o rapper conversou um pouco com a V!$H a fins de explicar um pouco o que vê e o que está acontecendo na cena e suas influências.
V!$H - Como foi o seu primeiro contato com o rap?
APX - Mano meu primeiro contato com o rap foi quando eu comecei junto com o skate, eu devia ter uns 9 anos, 99,
na época a ideia era ouvir hardcore punk, rap e skate, foi bem louco por mais que fosse mais um contato
sonoro do que a proposta de ideias, mas acredito que foi necessário pra todo o processo.
V!$H - Percebendo a essência diferenciada do seu som aonde monstra originalidade e complexidade, ei que surge a dúvida: quais são suas influências?
APX - Então, é nessa mesma linha, o que me influenciou nas ideias vem desde o hardcore punk, a cena
revolution summer que trouxe uma linha de abordgem sobre os aspectos da vida de uma forma diferente na epoca,
de rap por mais que eu goste dos rap antigo, nem todos, mas na linha de pensamento hoje eu tenho acompanhado
muito os irmão do vale, os trampos do axel, do tópico, eltão, iuri, o sintese, moitão é um irmão que eu acho
genial na forma que ele passa a perspectiva da realidade, são irmãos que tenho um contato muito legal de ideias
de vivências que me ensinaram muita coisa que formou a linha do amplexo, o elton principalmente como inspiração
e fora essa quebra tem os irmãos do RJ e outros lugares também que eu to pegando benzão, uma linha mais lo-fi,
meio proximo do que eu tento passar, o lessa, lzu, dacruz, o xamã, arit são outros mano que eu acho fod demais
tabmém, caue, po tem varios liga, mas tenho ouvido muita coisa daqui nova, que muitas pessoas nem sabem que existem,
de fora tenho ouvido pouca coisa, highfocus, chester watson, earl (earworm é sinistro), bzkt, tem uns manos bons ai.
O fato da complexidade no caso é a forma que eu escrevo acredito, mais introspectivo, até pelo fato de como e sobre
o que eu escrevo, são coisas mis ocultas na sociedade, falar de existencialismo é complicado mesmo, tomando noção
de como a humanidade se encontra...
V!$H - Como você observa a cena do rap experimental no brasil?
APX - Ah ta rolando muita coisa por ai, a cena da banal, as misturas de elementos diferenciados,
acredito que a facilidade hoje de adquirir certos equipos ta trazendo a possibilidade de trampar em cima disso,
tem mais pessoas abrindo a mente pra aceitar novas ideias também, eu via o rap muito fechado, muito regionalista
e dogmatizando muitos pontos, hoje eu vejo uma evolução disso.
V!$H - E Quais são os pontos que a cena poderia melhorar?
APX - Acredito que o espaço e o interesse de ouvir o que esses rap que tão vindo tem a dizer, muita coisa
a acrescentar, aspectos mais profundos...
V!$H - Quais serão os próximos passos do Amplexo?
APX - Então, eu to pra solta duas track que eu escrevi em cima das base de um mano que ta sempre pela quebrada
o lucaslk, são numa linha mais trap, eu não costumo ouvir muito, pouquissimos trampos eu gosto, mas
as base que ele faz eu pego bem e saiu essa fita, não tenho data certa ainda, mas devo estar soltando nas proximas
semanas, fora isso não tenho muita coisa em plano, algumas pendentes, mas pra eu produzir é um processo meio
sem algo planejado, vai do dia, do que eu estou passando, mas essas duas tracks vocês podem aguardar que é
certeza haha!
Queria agradecer o contato, é essencial manter a informação sobre o que está acontecendo na cena, as formas de expressão,
é isso!! Boaaa!!
Fim da entrevista
Fique agora com o mais novo som do mano Amplexo, que foi lançado depois do reportagem com produção do mano Lucvslk.
Entrevista: Amplexo e o seu rap experimental
Reviewed by VI$H MEDIA
on
08 novembro
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