Pra quem não conhece essa garota, se preparem, a V!$H aposta que vocês vão ouvir falar muito dela.
Layla Alves Moreno Rosa nasceu dia 8 de Junho de 1994, da nossa terrinha Brasília, aos 15 já subia aos palcos pela primeira vez, em um evento em comemoração ao dia da Consciência Negra, por incentivo de seu professores de Filosofia e Sociologia. Não parou mais. Letras que retratam a vida de uma menina que nasceu e cresceu em uma comunidade carente, na capital do país. Seus valores, pensamentos, vontades e indecisões. Fala com propriedade sobre o assunto por viver essa realidade em suas letras diretas e cheias de peso. A menina fica de lado e quem se apresenta é Layla Moreno. Ao lado dos Djs Lm, Ocimar DaBomb, Brotha subiu ao palco em eventos como o Festival Elemento em Movimento que contou com a apresentação de artistas renomados como Marechal e Emicida. Com o Ep pronto que será lançado ainda nesse mês de novembro com 4 faixas, Layla se dedica aos próximos videoclipes e sua primeira mixtape. A promessa é não se prender a um estilo, ela nasce no boombap mas transita em tudo o que emociona.
Quando você se descobriu com o Hip-Hop/Rap?
Me descobri no rap com 15 anos, antes disso eu não me interessava muito por rap, meus amigos gostam de um rap mais pesado até que conheci o boombap, ouvia muito rap de nova York. E quando eu estava com quase 16 houve uma comemoração sobre o dia da consciência negra na escola, e nesse turbilhão de coisas que acontecem quando a gente tem essa idade, eu estava me descobrindo como mulher negra e como mc. Por incentivo dos meus professores de Filosofia e Sociologia eu rimei pela primeira vez
Sobre seu trabalho “Vermelho Bordô” o que podemos esperar?
São 4 faixas. Tem peso, tem lovesongs de malandro hahaha ta legal, ta gostoso de ouvir. Diz muito sobre mim, quem eu sou, sobre o lugar que eu me criei enfim. É sobre mim mais do que qualquer outra coisa.
Sobre a produção do vermelho bordô, quem está te ajudando a produzir, os beats...
Sigo no Corre foi produzido pelo Leandro Morgado que assina essa faixa como Df Bass, e as outras 3 musicas é do Thiago Peixoto que assina como TAP. Direção musical de Thiago Jamelão e captamos as vozes no Studio Vietnã. A arte da capa quem assina é Monique Correa,e os clipes tem direção do Pedro Lemos
Quais são suas referências?
Tanto musical, quanto literais Eu gosto muito de Mos Def, Lauryn Hill, Nas, gosto muito de blues...sou apaixonada por Etta James. Eu gosto de ler livros sobre empreendedorismo, fico fascinada em saber como as pessoas constroem grandes coisas começando do nada.Gosto muito de literatura marginal tbm
Sobre a cena do rap feminino, tanto da sua cidade como as outras, você vê alguma evolução?
Tem alguma que seja referência Muita evolução, as mulheres estão chegando com tudo, estamos trabalhando pesado. Quase toda semana tem um trampo novo de alguma mina...isso é de uma importância tão grande, não só de representatividade mas quebra a idéia das minas só no refrão, nós temos voz ativa, rimamos tão bem quanto os caras.
Sobre os projetos futuros, o que podemos esperar dos sons de Layla Moreno?
Só coisa boa porque não brincamos em serviço haha as produções estão demais, só tenho a agradecer por ter pessoas tão talentosas ao meu redor e que toparam se jogar nessa comigo. Depois do clipe de Amor bandido, lançarei o Ep ainda esse mês!
Entrevista; Conheça a rapper e compositora Layla Moreno
Reviewed by Rhaynara Didoff
on
11 novembro
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