O fundador da marca, Felipe Sousa, trouxe uma nova entrega da marca, material que chega acompanhado de um belo editorial. O trabalho tem um ponto forte sendo levantado, relatando os efeitos que a quarentena teve em diversos criadores, e como esse distanciamento influenciou diretamente em sua arte.
“O processo de introspecção, causado pelo distanciamento social, trouxe várias reflexões comportamentais e também nos fez questionar nosso próprio processo criativo como um coletivo.”
Se importando em apresentar produtos em um alto nível estético, o criador da KACE resgatou um período da sua infância onde se encontrava diretamente envolvido com a arte e a pintura, principal ponto sendo explorado nesta coleção. A marca escolheu trabalhar especificamente na manifestação da criatividade através da pintura, adaptando a historia de Felipe, dando um novo rumo a arte no editorial feito no Atelier Selma Weissmann em Belo Horizonte – MG.
"Isso resultou em uma coleção, feita em tempo recorde, que revela um pouco mais do que nós somos e que exalta a relação positiva entre a criatividade, moda e arte."
Todas as peças da coleção se encontram disponíveis na sua loja física no bairro Savassi de Belo Horizonte (MG), nos seus mais de 40 pontos de venda no Brasil e no seu site oficial kacewear.com.br. Trocamos uma pequena ideia com o desenvolvedor da marca, te deixando por dentro do processo criativo e de produção. Confira a ideia abaixo:
VI$H: Tempo recorde! Em quanto tempo está coleção foi realizada?
A parte de desenvolvimento do conceito e criação, desenhos e afins foram feitos em 3 dias, de sexta a domingo no primeiro final de semana após o início da quarentena. Aí a produção começou logo na semana seguinte.
VI$H: A palavra criatividade foi o principal ponto. Como foi o processo criativo que levou a essa nova entrega.
Como estilista e diretor criativo da da marca, eu sempre busco autenticidade nas minhas criações. Dito isso e junto a crença que tenho que cada pessoa é única, pois cada um tem vivências diferentes, experiencias familiares únicas, processo de aprendizado e que cada pessoa reage diferente a cada situação (esses são só alguns exemplos)... Busco sempre a essência da minha própria vivência e do meu próprio entendimento de ser e visão de mundo para criar. Então, essa coleção foi desenvolvida por mim, com auxílio da minha equipe (designers e vendedores), e ela traz uma curta parte da minha infância, na qual me dediquei durante um tempo a arte e a pintura. Na época cheguei até a vender uns quadros por uns R$ 200 reais cada, rs! Foi daí que surgiu o conceito do editorial, inclusive... Dessa vivência.
VI$H: Como foi o procedimento de confecção das peças?
Logo que terminamos os desenhos, começamos a olhar matéria prima e aviamentos para a produção imediata das peças. Nós já estávamos desenvolvendo outra coleção quando começou a quarentena, fizemos uma rápida leitura e preferimos adiar o que estávamos fazendo e lançar a Social Distancing... Fazia mais sentido pro momento!
Então, corremos atrás dos tecidos, aviamentos pra complementar e aproveitamos muito do que já tínhamos disponível em estoque pra essa outra coleção que estávamos fazendo. O processo produtivo foi meio conturbado e mais demorado do que o normal, porque estávamos reaprendendo e entendendo como seguir trabalhando nesse novo momento. Procuramos respeitar ao máximo e zelamos muito pelo bem estar das pessoas envolvidas no processo. Acho que por isso deu tudo certo no final!
Logo que terminamos os desenhos, começamos a olhar matéria prima e aviamentos para a produção imediata das peças. Nós já estávamos desenvolvendo outra coleção quando começou a quarentena, fizemos uma rápida leitura e preferimos adiar o que estávamos fazendo e lançar a Social Distancing... Fazia mais sentido pro momento!
Então, corremos atrás dos tecidos, aviamentos pra complementar e aproveitamos muito do que já tínhamos disponível em estoque pra essa outra coleção que estávamos fazendo. O processo produtivo foi meio conturbado e mais demorado do que o normal, porque estávamos reaprendendo e entendendo como seguir trabalhando nesse novo momento. Procuramos respeitar ao máximo e zelamos muito pelo bem estar das pessoas envolvidas no processo. Acho que por isso deu tudo certo no final!
VI$H: Fale um pouco sobre o Atelier Selma Weissmann para aqueles que não conhecem.
O Atelier Selma Weissmann fica na Savassi, em Belo Horizonte e hoje quem está a frente é a Selma e a Leonora, mãe e filha. A Savassi é um bairro famoso, de classe alta aqui na cidade, tem muita coisa legal relacionada a arte e outras coisas na região. Também fica bem próximo da nossa loja física.
Foi muito bom trabalhar lá!
Elas produzem os seus próprios trabalhos lá, dão aulas particulares de pintura, antes da pandemia aconteciam várias reuniões e eventos que envolvia arte em geral, especialmente pintura e música.
O Atelier Selma Weissmann fica na Savassi, em Belo Horizonte e hoje quem está a frente é a Selma e a Leonora, mãe e filha. A Savassi é um bairro famoso, de classe alta aqui na cidade, tem muita coisa legal relacionada a arte e outras coisas na região. Também fica bem próximo da nossa loja física.
Foi muito bom trabalhar lá!
Elas produzem os seus próprios trabalhos lá, dão aulas particulares de pintura, antes da pandemia aconteciam várias reuniões e eventos que envolvia arte em geral, especialmente pintura e música.
VI$H: Conte brevemente a história de como a arte e a pintura entraram na sua vida durante a infância.
Um amigo de infância começou na pintura bem antes de mim, em um centro cultural em Sabará (MG). Nós éramos muito próximos, gostávamos praticamente das mesmas coisas... Por influência dele eu comecei a frequentar esse centro artístico. Lá era mantido pela prefeitura na época, se não me engano. E depois de um tempo, o local encerrou as atividades e não tinham mais as aulas de pintura. Se pá, está abandoado até hoje. Após o fechamento, continuamos praticando em casa.
Acabei abandonando a pintura na adolescência pra experimentar outras coisas... Estudei violão clássico na sequência também, tentei aprender a cantar.
Logo depois teve a fase da dança, rs... Mó doideira! Experimentei bastante da arte em geral.
Um amigo de infância começou na pintura bem antes de mim, em um centro cultural em Sabará (MG). Nós éramos muito próximos, gostávamos praticamente das mesmas coisas... Por influência dele eu comecei a frequentar esse centro artístico. Lá era mantido pela prefeitura na época, se não me engano. E depois de um tempo, o local encerrou as atividades e não tinham mais as aulas de pintura. Se pá, está abandoado até hoje. Após o fechamento, continuamos praticando em casa.
Acabei abandonando a pintura na adolescência pra experimentar outras coisas... Estudei violão clássico na sequência também, tentei aprender a cantar.
Logo depois teve a fase da dança, rs... Mó doideira! Experimentei bastante da arte em geral.
Mas, na transição da adolescência pra vida adulta, abandonei tudo pra começar a trilhar o caminho que me levaria, anos depois, a começar a KACE.
VI$H: 2020 foi uma onda diferente. Quais os principais impactos do distanciamento social no cenário da moda?
A história ainda está sendo escrita né!? Acho que não tenho propriedade pra falar sobre o mercado da moda em geral. Mas a minha percepção é que as coisas vão ser muito diferentes daqui pra frente, a forma de consumir será diferente e eu creio que as pessoas vão buscar cada vez mais significado no que elas consomem, inclusive na moda. Mas espero que esse comportamento não seja passageiro, a moda de forma geral está num cenário de futilidade ou quase sempre com pautas elitistas... Por querer levar mais significado e representatividade foi que eu entrei. A moda, aparência e estética são coisas delicadas e importantes dentro da sociedade que a gente vive... Já até falei disso e da relação que a moda tem com a autoestima das pessoas em um vídeo. Então eu quis levar tudo isso para quem ainda não era representado nas principais marcas, através das minhas coleções. Claro, que na época que idealizei as ideias não eram tão claras assim. Eu só sabia que não me via representado nas marcas que circulavam por aí e que em algum momento queria criar a minha.
A história ainda está sendo escrita né!? Acho que não tenho propriedade pra falar sobre o mercado da moda em geral. Mas a minha percepção é que as coisas vão ser muito diferentes daqui pra frente, a forma de consumir será diferente e eu creio que as pessoas vão buscar cada vez mais significado no que elas consomem, inclusive na moda. Mas espero que esse comportamento não seja passageiro, a moda de forma geral está num cenário de futilidade ou quase sempre com pautas elitistas... Por querer levar mais significado e representatividade foi que eu entrei. A moda, aparência e estética são coisas delicadas e importantes dentro da sociedade que a gente vive... Já até falei disso e da relação que a moda tem com a autoestima das pessoas em um vídeo. Então eu quis levar tudo isso para quem ainda não era representado nas principais marcas, através das minhas coleções. Claro, que na época que idealizei as ideias não eram tão claras assim. Eu só sabia que não me via representado nas marcas que circulavam por aí e que em algum momento queria criar a minha.
VI$H: Deixe um recado para aqueles que estão conhecendo a Kace agora.
Acessem o site, comprem muito e valorizem o comércio local de forma geral! rs
Eu vejo a KACE como a extensão da minha própria personalidade. Adoro o que a gente faz e o que ela representa! Muitas pessoas se assustam quando descobrem qual a trajetória da marca e tal. Gostaria de compartilhar que só fizemos tanto e chegamos até aqui, porque a KACE foi idealizado com propósitos claros, mensagens relevantes, queríamos valorizar a beleza preta, não apenas a eurocêntrica... Eu queria trocar ideias com a galera que pudesse contribuir na expansão da consciência das pessoas. Acho que é isso que fazemos através da marca.
Acessem o site, comprem muito e valorizem o comércio local de forma geral! rs
Eu vejo a KACE como a extensão da minha própria personalidade. Adoro o que a gente faz e o que ela representa! Muitas pessoas se assustam quando descobrem qual a trajetória da marca e tal. Gostaria de compartilhar que só fizemos tanto e chegamos até aqui, porque a KACE foi idealizado com propósitos claros, mensagens relevantes, queríamos valorizar a beleza preta, não apenas a eurocêntrica... Eu queria trocar ideias com a galera que pudesse contribuir na expansão da consciência das pessoas. Acho que é isso que fazemos através da marca.
Como valor pessoal e para não ter desistido nos vários momentos que as coisas ficaram difíceis, eu sempre me apeguei a ideia que devia honrar a minha família e as oportunidades que recebi... Então é isso, em resumo é fazer as coisas com propósitos claros.
Ficha Técnica:
Stylist e Produção: Felipe Sousa | @felipekace
Assist. de Stylist: Marina Fernandes | @mafes2
Assist. de Produção: Vinicius Alves | @viniciusnalves_
Fotografia e Direção: Conin | @coniiin
Assist. de Fotografia: Bianka Lanes | @lanesbianka
Beleza: Marina Guedes | @esp.marinaguedes
Cenografia: Daiana Arcanjo | @xcoookiex
Videomakers: Bernardo Rodrigues e Lucas Rocha | @bernardorm3 e @lucasrocha.rec
Casting: Júlio Martins | @jmmodelmanager
Modelos:
Delatorvi | @delatorvi
Luany Goes | @luanygoes_
Marcus Ferraz | @_marcus_ferraz
Artistas:
Selma Weissmann
Loló Weissmann | @leonora_weissmann
Yuri Amorim | @yuriamorim__
Parceiros:
Monarch Joias | @monarch.joias
Província | @provincia_loja
Black Boots | @blackbootsbrasil
Perfil Store | @perfilstoree
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