VI$H: Como foi escolhido o mood geral desta coleção?
Estamos vivendo um momento delicado mundialmente devido ao COVID19. As peças começaram a serem desenvolvidas no inicio da pandemia e um questionamento importante durante o processo de criação foi “quando vamos poder sair novamente?”.
Nosso principal foco foram em peças que se tornassem chave no guarda-roupa dos nossos clientes, com tons sóbrios, contrastes marcantes e cortes confortáveis. Nossa preocupação foi que essas peças pudessem ser usadas tanto para ambiente interno, quanto para ambiente externo, portanto tinham que ser resistentes, aqui entra a inspiração do workwear.
De fato, as maiores inspirações para o mood geral foram as viagens ao campo e também a estética do imaginário coletivo do clima primaveril.
VI$H: A camiseta com a palheta em animal print se destaca em meio as peças. De onde surgiu a ideia para a utilização desta estampa?
A proposta inicial para essa peça seria de utilizarmos o moletom liso, como na calça jogger. No processo de procura por fornecedores acabamos nos deparando com esse material que achamos incrível e que faz total ligação com as tendências de moda para esse ano, resolvemos então fazer algumas adaptações na proposta e curtimos demais o resultado.
VI$H: A peça jardineira traz um tom nostálgico. Acreditam que os macacões são a grande tendência por vir?
Acreditamos que no streetwear as peças vintage sempre vão ter seu espaço, não é a toa que os brechós estão cada vez mais em alta no Brasil. Além disso, a falta de marcas com coleções especificamente feminina no street e a própria tendência fashion de peças agênero em sí, geram uma demanda interessante para peças do tipo. O macacão casou bem com a ideia de uma peça agênero nessa entrega, o que é algo que nós queremos trabalhar e evoluir cada vez mais na marca.
VI$H: Como a Spread Design Studio trabalhou com a chance ? Quanto tempo levou para a produção da coleção?
Desde o primeiro rascunho, até a chegada das peças. A spread tem um papel importantíssimo na criação e desenvolvimento da chance como marca. Desde o início quando a ideia foi apresentada viemos criando uma parceria para o desenvolvimento da marca e sua identidade. Dessa parceria surgiu nossa identidade visual, nosso “mascote” e toda a vibe descontraída da marca. Eles continuam trabalhando com a gente na mentoria e direcionamento para o desenvolvimento das coleções, o que ajuda a queimar etapas e acelera a evolução da marca como um todo. É nítido como a marca evolui de uma e coleção para a outra.
VI$H: A fotos da coleção são belíssimas. Relate como foi está sessão e a equipe por trás das lentes.
Todo o processo criativo seguiu uma linha de raciocínio empírica, onde buscamos experimentar nossas ideias junto com a equipe e nos divertirmos. Desde o início nós definimos muito bem nossas referências criando um mood board da coleção, buscando inovar e criar dentro desse universo. Assim criamos as peças, criamos todo o roteiro e escolhemos a equipe para o ensaio e fashion film. Com as peças em mãos pudemos ver o resultado de toda pesquisa e desenvolvimento fashion, partimos para o desenvolvimento de um roteiro, cenografia e do projeto executivo junto com a equipe da Spread. No dia do shooting a make ficou nas mãos da Lube e casou muito bem com a proposta, toda equipe estava em um clima bem descontraído e o Zani conseguiu captar muito bem esse feeling. Tudo foi escolhido para fazer sentido e ter harmonia.
VI$H: O Streetwear tem crescido de forma abundante no Brasil. Como os criadores da Chance enxergam a marca dentro deste mercado?
A chance espera conquistar seu espaço no mercado, sempre buscando inovar e crescer sem perder sua estética e essência. Queremos mostrar que as produções nacionais tem seu valor.
VI$H: O ponto da coleção ser agênero é importante. Como foi o desafio de criar peças livres? Acreditam que roupa não tem gênero?
Acreditamos que a vida seria melhor se as pessoas pudessem se vestir da maneira que mais curtem, sem se importarem tanto com padrões ou rótulos. Tentamos criar peças sem um padrão de gênero especifico, mas também nos preocupamos em disponibilizar peças que abrangem mais o público feminino. Ainda temos vontade de trabalhar com uma maior variedade de modelos para podermos adaptar nossas peças a uma maior variedade de corpos, o que sempre é um grande desafio.
Direção Criativa/Executiva SPREAD DESIGN STUDIO
Direção Criativa/Styling LORENÇO
ALBA Fotografia ZANI
Modelos GABRIEL FELIX e MAYARA LACRINNI
Maquiagem MARIA EDUARDA LUBE.
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