Dos clássicos de Vivaldi aos boom baps de Nocivo Shomon, tudo o que PiNKE achou de interessante no caminho, está presente em sua identidade sonora pra lá de original, repleta de referências de um bom batidão brazuca. Seu foco é se desprender de delimitações estilísticas e envolver o público, o que tem feito com maestria na Sorry Daddy Records, com o lançamento do seu primeiro EP, "Choose Life", em 2021, e agora neste novo release, que bota pra dançar no meio pista até o mais contido dos clubbers. Para descrever em poucas palavras, o EP "Da Surra" foge de tudo o que se espera da música eletrônica tradicional, quebrando padrões com, literalmente, uma surra de breaks pesados.
Composto de duas faixas originais e dois remixes, o EP entrega uma riqueza de sonoridades que navega pelo Break, Electro e se afunda na profundidade das batidas quebradas e vocais contagiantes do funk brasileiro raíz. "Vai Vai" abre o disco e já dá o clima do que virá na sequência: três versões de "Da Surra", intensas, contagiantes e complexas, de maneiras bem distintas. PiNKE explica um pouco de como se deu o processo de produção dessa enxurrada de beats nervosos.
"Depois de terminar mix da 'Vai Vai', foi quase instintivo começar a 'Da Surra'. Acredito que a segunda música está mais madura, buscando um pouco mais das referências de break que tinha em mente. Foi bem interessante entender mais sobre o funk carioca - um estudo que teve que acontecer para deixar a música como queria - e a conexão do funk com outras vertentes da dance music é bem diferente de se trabalhar. Depois que a 'Da Surra' foi finalizada, já aceleramos o lançamento pela Sorry Daddy- e claro que o Drama.efx e T_pazos não poderia ficar fora desse EP. Como são, além de grande amigos, grande referências nacionais pra mim, fiquei muito feliz quando toparam remixar as músicas. O resultado final do EP é acima de qualquer expectativa que eu tinha, e com certeza é aquela compilação para ouvir no último volume!"
O EP "Da Surra" já está disponível e nem é preciso dizer que vale a pena o play, não é? Confira!
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